ANALOGIAS À SAÚDE MENTAL, MULHERES E SEUS ESPAÇOS E RETRATOS NA SOCIEDADE EPIDÊMICA

Autores

  • Gabriela Rempel Sena Universidade Federal do Espírito Santo
  • Klaus’Berg Nippes Bragança Universidade Federal do Espírito Santo

Palavras-chave:

Cinema, Doenças, Epidemia, Mulheres, Saúde Mental

Resumo

Este artigo possui o objetivo de analisar três produções audiovisuais em relação à função de mulheres protagonistas em sociedades epidêmicas, destacando sua representação mental e física. Desde o início da produção audiovisual, várias obras vão representar analogias relacionadas as doenças como representações de monstros, de cenários apocalípticos e de epidemias, principalmente na atualidade do cinema contemporâneo. Com a atribuição de novos significados, novas representações e novos cenários, os subgêneros do terror e suspense estabelecem conexões análogas à realidade do mundo, principalmente nas funções de mulheres protagonistas. O estudo analisa as obras Filhos da Esperança (2006), Corrente do Mal (2014) e Thanatomorphose (2012), principalmente, as mulheres protagonistas respectivamente Kee, Jay e Laura, em relação à suas funções e suas utilizações na trama como artifício de tensão/aflição com a revisão bibliográfica de pesquisadores das áreas de cinema, antropologia e cultura, conclusivamente nas funções maternais, sexuais e abjetas do corpo feminino.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Gabriela Rempel Sena, Universidade Federal do Espírito Santo

Gabriela Rempel Sena, estudante do curso de Comunicação Social - Publicidade e Propaganda da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.

Klaus’Berg Nippes Bragança, Universidade Federal do Espírito Santo

Docente do curso de Comunicação Social - Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Espírito Santo - UFES.

Referências

BARBARA, Creed. The Monstrous-Feminine: Film, Feminism, Psychoanalysis. [S. l.]: Routledge, 1993. p.44-70.

BERTOLLI FILHO, Cláudio. “Novas doenças, velhos medos: a mídia e as projeções de um futuro apocalíptico”. In: MONTEIRO, Yara Nogueira; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (Org.). As doenças e os medos sociais. São Paulo: Ed. FAP-UNIFESP, 2012, p. 13-36.

BRAGANÇA, Klaus’Berg Nippes. “Infecções Audiovisuais: microbiologia, microcinematografia e os primórdios do filme de epidemia”. In: FRANCO, Sebastião Pimentel et al (Org.). Colóquio de História das Doenças: Anais. Vitória: Editora MilFontes, 2022, p. 179-193. (ISBN: 978-65-5389- 038-1). Disponível em: https://editoramilfontes.com.br/acervo/Coloquio_de_historia_das_doencas_anais.pdf

BRAGANÇA, Klaus’Berg Nippes. “As Doenças Monstruosas: Pequena historiografia das crises epidêmicas no cinema de horror”. In: Anais do XIII Encontro Nacional de História da Mídia – ALCAR. Juiz de Fora, MG: UFJF, 18 a 20 de agosto de 2021. disponível em: https://secureservercdn.net/50.62.195.83/jga.766.myftpupload.com/wp-content/uploads 2021/09/26_gt_historiadasmidiasaudiovisuais.pdf

BRAGANÇA, Klaus’Berg Nippes. “As doenças da mídia: contágio infodêmico no cinema de horror”. In: BORGES, Cristian et al (Org.). Anais de textos completos do XXIV Encontro da Socine. Rio de Janeiro: Socine, 2021, p. 610-616. (ISBN: 978-65-86495-03-4). Disponível em: https://www.socine.org/wpcontent/uploads/anais/AnaisDeTextosCompletos2021(XXIV).pdf

CARVALHO, Carlos Alberto de. “Cinema e Aids no mundo da vida: representações de vida e morte”. Biblioteca On-line de Ciências da Comunicação – BOCC. Covilhã, Pt: Universidade da Beira Interior, 2008. Disponível em: http://www.bocc.ubi.pt/pag/carvalho-carlos-cinema-aids.pdf.

FERREIRA, Mariana de Almeida. “Heróis de Máscaras no Sistema de Saúde do Brasil: a experiência da pandemia em Sob Pressão: Plantão COVID”. Revista GEMINIS, Vol.11, n.2, mai./ago. 2020, p. 81-98.

GADELHA, Maria Julieta de Oliveira; PAIVA, Cláudio Cardoso. A representação da doença mental no cinema: um estudo de mídia, comunicação e saúde mental. Paraíba, Universidade Federal da Paraíba, 200-. Disponível em: gadelha-julieta-paiva-claudio-representacao-doenca-mental.pdf.

LAHMA, Camila Magalhães. Do monstro FREAK ao FREAK OUT: Uma tipologia histórica do anormal nos meios de entretenimento de massa. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: Pantheon: Do monstro freak ao freak out: uma tipologia histórica do anormal nos meios de entretenimento de massa (ufrj.br)

KITTA, Andrea. The Kiss of Death: Contagion, Contamination, and Folklore. [S. l.: s. n.], 2019.

MONTEIRO, Yara Nogueira; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (Org.). As doenças e os medos sociais. São Paulo: Ed. FAP-UNIFESP, 2012.

NAZÁRIO, Luiz. Da natureza dos monstros. São Paulo: Editora Arte & amp; Ciência, 1998.

PRISCILA, Wald. Contagious: Cultures, carriers, and the outbreak narrative. [S. l.]: Duke University Press, 2008. 373 p.

REZENDE, Daniela Savaget B.; OLIVEIRA, Valdir de Castro. “Sentidos produzidos sobre e pela mulher no contexto social da aids”. In: Anais do XXXIV Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom. Recife: UFPE, 02 a 06 de setembro de 2011.

RIBEIRO, Maria Izabel Branco. “Arte e Doença: Imaginário Materializado”. In: MONTEIRO, Yara Nogueira; CARNEIRO, Maria Luiza Tucci (Org.). As doenças e os medos sociais. São Paulo: Ed. FAP-UNIFESP, 2012, p. 61–81.

SONTAG, Susan. A doença como metáfora. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1984.

SONTAG, Susan. Aids e suas metáforas. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

VASCONCELOS-SILVA, Paulo R.; CASTIEL, Luis David. “COVID-19, as fake news e o sono da razão comunicativa gerando monstros: a narrativa dos riscos e os riscos das narrativas”. Cadernos de Saúde Pública, Vol. 36, n. 7, 2020.

Downloads

Publicado

11-12-2024