DOI: https://doi.org/10.47456/regec.2317-5087.2025.14.1.47100.5.13

‌EDITORIAL

O Volume 14 da Revista Gestão & Conexões – REGEC – Número 1 está no ar!

A partir desta Edição, daremos início a uma retrospectiva dos primeiros 10 anos da REGEC! Durante este ano de 2025, relembraremos artigos publicados e autores e autoras que por aqui deixaram sua inestimável contribuição. A revista completou 10 anos de existência em 2022. Seu primeiro número foi publicado em 2012, sob a editoria da Professora Dra. Glícia Vieira dos Santos.

O primeiro número teve como tema central “Políticas Públicas, Gestão e Planejamento”. Os artigos nele publicados são relembrados no Quadro 1.

Quadro 1. Artigos v. 1, n. 1 (2012)

Fonte: Regec.

No ano de 2013, a revista passou a ter 2 números publicados. O primeiro número deste ano teve a temática geral “Inovação, Organizações e Sustentabilidade”. Relembramos as importantes contribuições no Quadro 2.

Quadro 2. Artigos v. 2, n. 1 (2013)

Fonte: Regec.

Após essas importantes sistematizações, o segundo número de 2013 trouxe o grande tema “Política e Gestão da Ciência, Tecnologia e Inovação”. Os artigos publicados estão listados no Quadro 3.

Quadro 3. Artigos v. 2, n. 2 (2013)

Fonte: Regec.

Finalizando a retrospectiva dos 10 anos de revista desta Edição, vamos para o ano de 2014. O primeiro número do ano teve o tema guarda-chuva “Inovação, Tecnologias Assistivas e Acessibilidade”. A memória dos estudos publicados neste número está no Quadro 4.

Quadro 4. Artigos v. 3, n. 1 (2014)

Fonte: Regec.

O segundo número do ano de 2014 foi acompanhado por uma mudança na gestão da revista, tendo a professora Dra. Letícia Dias Fantinel como nova Editora. Os artigos publicados nesta edição estão listados no Quadro 5.

Quadro 5. Artigos v. 3, n. 2 (2014)

Fonte: Regec.

Na próxima edição, continuaremos essa retrospectiva, que conta um pouco de nossa história!

Voltando para nosso 2025, no primeiro número do ano, as leitoras e leitores terão a oportunidade de ler o artigo de Fabricio Barbosa da Costa e Hironobu Sano, “Inovações em Contratações Públicas: Uma Revisão Sistemática sobre o e-Marketplace”. Por meio de uma revisão sistemática, o estudo explora o estado da arte acadêmico sobre o tema. Nas bases de dados Scopus, SciELO, Google Scholar, Web of Science e BDTD, as autorias selecionaram apenas 14 estudos, e os resultados evidenciaram a recente abordagem da temática, com periódicos científicos sendo a principal fonte de publicações, predominantemente em países que já implementaram e-marketplace em suas contratações.

Em “Parcerias Público-Privadas e Inovação em Políticas Públicas: Análise dos Critérios-chave para uma relação bem-sucedida”, Morganna Lay's de Lima Assunção, José Lindenberg Julião Xavier Filho e Nelson Fernandes da Cruz Cunha estudam o

caso de uma parceria pioneira no Brasil: a PPP da rodovia rota dos Coqueiros, em Pernambuco. Como resultados, observaram que a adequada alocação dos riscos entre os parceiros; a existência de um marco regulatório robusto; e o envolvimento do governo, oferecendo garantias, figuram entre os principais elementos que garantem o êxito de uma PPP.

Em “Uber(ização/ismo): Forma Avançada e Pretérita de Organização do Trabalho”, Kaio Lucas da Silva Rosa e Alexandre de Pádua Carrieri analisam a convergência da acumulação flexível e da inovação tecnológica, identificando a emergência do uberismo como um novo paradigma organizacional em meio à continuidade da tríade taylorismo-fordismo-toyotismo. O uberismo é caracterizado pelos autores pela gestão algorítmica em plataformas corporativas que conectam trabalhadores e consumidores, introduzindo práticas de supervisão constante, definição de metas, alterações na remuneração e desligamentos arbitrários, enquanto nega o reconhecimento formal de subordinação e assalariamento.

Fernando Ressetti Pinheiro M. Vianna, Leonardo Tonon, Juliana Previatto Baldini Tonon e Aline Ferreira, no artigo “Sentidos e Significados do Trabalho: Um estudo com dependentes químicos em recuperação e profissionais da saúde”, buscaram compreender os sentidos e significados das atividades laborais para os dependentes químicos em tratamento. No estudo, foram entrevistados nove dependentes químicos e sete profissionais da área da saúde. A partir das entrevistas semiestruturadas, emergiram quatro categorias analíticas: afastamento do trabalho; trabalho como fator de reinserção social e cuidados no processo de retomada das atividades laborais; desenvolvimento de atividades laborais simples na recuperação; e acolhimento no trabalho.

O estudo “O efeito do apoio de marcas à causa LGBTQIAPN+ sobre a atitude e intenção de compra de consumidores da geração Z”, de Lunie Dolibaina, considera, por sua vez, que a causa LGBTQIAPN+ é utilizada para demonstrar apoio e esforços organizacionais por uma sociedade mais inclusiva. Entretanto, apesar da prática, a autora analisa como pouco se sabe sobre as adequações dessas práticas. Buscando fornecer dados empíricos a tais questões, a autora realizou um estudo experimental junto a 120 participantes pertencentes à geração Z, concluindo que, quanto mais comprometimento da marca com a causa os consumidores percebem, maiores são os índices de atitudes em resposta aos anúncios dessas marcas.

O artigo de Mariana de Freitas Coelho, Diego Costa Mendes e Thais Pereira Machado, “Jornada de Decisão de Consumidores da Comunidade LGBTQIAPN+ no segmento de vestuário: boicote ou ciclo da lealdade?” buscou compreender a jornada de decisão de compra de consumidores LGBTQIAPN+ em relação a marcas de vestuário, fazendo um comparativo em relação ao ciclo de lealdade. A pesquisa

foi qualitativa e exploratória, e a coleta de dados se deu por meio de dezessete entrevistas com pessoas dessa comunidade.

O último estudo, intitulado “Gestão do Teletrabalho na Administração Pública: entre as Racionalidades Instrumental e Substantiva”, de Marçal José Cavalcanti Silva Júnior e Washington José de Sousa, recuperando uma temática clássica no campo da teoria das organizações, de modo interligado a uma forma de trabalho contemporânea, analisou tensões entre as racionalidades substantiva e instrumental na gestão de programa de teletrabalho da Administração Pública. A coleta de dados ocorreu por meio de documentos e entrevistas semiestruturadas, e os resultados apontaram tensões nos processos organizacionais “hierarquia e normas”, “controle” e “divisão de tarefas”, tal como a tensão entre os objetivos do programa de garantir melhor qualidade de vida ao teletrabalhador e de aumentar a produtividade organizacional, dentre outros.

Desse modo, fica aqui o convite à leitura dos artigos atuais e daqueles que construíram a história da REGEC em seus primeiros 10 anos de existência!.

Susane Petinelli-Souza Juliana Cristina Teixeira.

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