Novas terapias para cardiomiopatia hipertrófica: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.47456/rbps.v26isupl_1.44403Palavras-chave:
Cardiomiopatia, Hipertrófica, CardiomiopatiasResumo
Introdução: A cardiomiopatia hipertrófica é uma das doenças cardíacas hereditárias mais comuns, afetando cerca de 1 em cada 500 pessoas de todas as idades. Em casos graves, os pacientes podem apresentar risco de arritmias cardíacas e evoluir com morte súbita. Objetivos: Avaliar quais estudos foram publicados nos últimos 5 anos sobre novos tratamentos disponíveis para pacientes diagnosticados com Cardiomiopatia Hipertrófica. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura no PubMed, na busca de ensaios clínicos publicados nos últimos 5 anos com a utilização dos descritores: Cardiomiopatia, Hipertrófica e Cardiomiopatias. Resultados: Novos medicamentos surgiram para a melhora de biomarcadores importantes, alívio de sintomas e melhora da qualidade de vida, atenuação de progressão da hipertrofia e fibrose miocárdica, além da melhora na capacidade de exercício. Novos procedimentos para intervenção visam a redução do músculo cardíaco espessado, alívio da obstrução do fluxo sanguíneo e melhora dos sintomas. Além disso, os dispositivos estão cada vez mais incorporados na prática clínica com o objetivo de reverter arritmias. Conclusão: Os fármacos demonstraram impactos hemodinâmicos positivos, redução de gradientes e modulação de biomarcadores e a progressão da hipertrofia cardíaca. Procedimentos inovadores mostraram resultados animadores na redução de gradientes e alívio de sintomas. Apesar dos avanços, são necessários mais estudos clínicos para validar e consolidar essas descobertas, além de avaliar segurança e eficácia a longo prazo. O campo da cardiomiopatia hipertrófica está em constante evolução, e as pesquisas recentes representam um progresso significativo na busca por terapias mais eficazes e personalizadas.
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