O TRABALHO COLABORATIVO ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Autores

  • Mariana Silva Sá Mageski Prefeitura Municipal de Serra
  • Patrícia Santos Conde Prefeitura Municipal de Vila Velha e Prefeitura Municipal de Vitória

Resumo

A pesquisa visou analisar o trabalho colaborativo entre professores regentes e de educação especial para a educação de crianças com baixa visão em um Centro Municipal de Educação Infantil do município da Serra/ES. Para tanto, selecionamos os seguintes objetivos específicos: investigar a concepção de trabalho colaborativo pelos professores e a implementação desse trabalho na instituição de ensino; verificar quais são e o que dizem as diretrizes que orientam o trabalho colaborativo na instituição de ensino, sobretudo, para atender à educação das crianças com deficiência visual. A abordagem histórico-cultural fundamentou o nosso estudo, já que considera as potencialidades do humano independentemente de suas condições físicas, cognitivas ou sensoriais, mas com ênfase na sua constituição por meio da cultura. Optamos por uma pesquisa de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso. Participaram deste estudo três professoras que exercem trabalho colaborativo na área de Deficiência Visual e que atuam em CMEIs do município de Serra com crianças que possuem baixa visão. Neste estudo, percebemos a necessidade de trabalhar com a criança com deficiência visual desde os primeiros anos de vida, tornando-se fundamental seu ingresso na educação infantil, com profissionais atentos para as suas potencialidades e especificidades, além de realizar esforços para oferecer ambiente propício para as interações, estímulos e relações que constituem o aprendizado infantil. Portanto, os nossos dados confirmaram a relevância do desenvolvimento de atividades colaborativas entre professores da educação especial e professoras da educação infantil, tendo em vista o processo de inclusão das crianças com deficiência visual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mariana Silva Sá Mageski, Prefeitura Municipal de Serra

Professora da Prefeitura Municipal de Serra/ES e aluna do Curso de Especialização Lato sensu em Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Educação Inclusiva, ofertado pelo Centro de Educação da Universidade Federal do Espírito Santo.

Patrícia Santos Conde, Prefeitura Municipal de Vila Velha e Prefeitura Municipal de Vitória

Professora do curso de Especialização Lato sensu em Atendimento Educacional Especializado na Perspectiva da Inclusão, promovido pela Universidade Federal do Espírito Santo em parceria com o Ministério da Educação, docente da rede municipal de Vitória/ES. Integrante do Grupo de Pesquisa Infância, Cultura e Subjetividade (Grupicis/Ufes), vinculado ao CNPq.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. 2008. Brasília: MEC\SESP, 2008. Disponível em: http://peei.mec.gov.br/arquivos/politica_nacional_educacao_especial.pdf Acesso em: 23 mar. 2012.
_________. Atendimento Educacional Especializado. Deficiência Visual. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado. Ministério da Educação. SEESP/ SEED. Brasília, 2007.
CARVALHO, Ana Amélia A. (Org.). Manual de Ferramentas Web 2.0 para Professores. Lisboa: Ministério da Educação e DGIDC, 2008.
CAPELLINI, Vera Lúcia M. F.; MENDES, Enicéia. O ensino colaborativo favorecendo o desenvolvimento profissional para a inclusão escolar. In.: Educere et Educare Revista de Educação, vol. 2, n. 4, jul/dez, 2007, pp. 113-128.
COTONHOTO, Larissy Alves. O currículo e o atendimento educacional especializado na educação infantil: possibilidades e desafios à inclusão escolar. Tese, UFES, 2014. 264p.
DALL´ACQUA, M. J. C. Atuação de professores do ensino itinerante face à inclusão de crianças com baixa visão na educação infantil. Paidéia, v. 17, n. 36, p. 115-122, 2007.
FRANÇA, Marileide Gonçalves. A inclusão escolar no contexto da Educação Infantil. XVI ENDIPE - Encontro Nacional de Didática e práticas de Ensino - UNICAMP, p. 68-89, 2012
FREITAS, Adriana de Oliveira. Atuação do Professor de Apoio à Inclusão e os Indicadores de Ensino Colaborativo em Goiás. 2013. 123 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Programa de Pós-Graduação em Educação. Universidade Federal de Goiás – Campus Catalão, 2013.
LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. A inclusão escolar de alunos surdos: o que dizem alunos, professores e intérpretes sobre esta experiência. Cad. CEDES [online]. 2006, vol. 26, n. 69, p. 163-184.
LAPLANE, A.L.F; BATISTA, C. G. Ver, não ver e aprender: a participação de crianças com baixa visão e cegueira na escola. Cad. Cedes. Campinas, 2008.
GALVÃO, Nelma de Cassia Silva Sandes. Inclusão de crianças com deficiência visual na Educação Infantil. UFBA, 2005. 178f.
GEBRAEL, T. L. R.; MARTINEZ, C. M. S. Independência de crianças com baixa visão nas atividades de vida diária: colaboração com professores na pré-escola. Temas sobre Desenvolvimento 2010; 17(99):104-11.
MANZINI, Eduardo José. Entrevista semiestruturada: análise de objetivos e de roteiros. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE PESQUISA E ESTUDOS QUALITATIVOS, 2, A pesquisa qualitativa em debate, Bauru, 2004. Anais..., Bauru: SIPEQ, 2004.
MARQUES, Aline Nathalia; DUARTE, Marcia. O trabalho colaborativo: uma estratégia de ensino na aprendizagem de alunos com deficiência intelectual. Revista de ciências humanas, v. 14, n. 23, p. 87-103, 2013.
MAZZOTTA, Marcos José Silveira. Educação Especial no Brasil: história e políticas públicas. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2003. v. 1. 208 p.
MENDES, E. M.; VIRALONGA, C. A. R.; ZERBATO, A. P. Ensino colaborativo como apoio à inclusão escolar: unindo esforços entre a educação comum e a especial. São Carlos: EDUFSCar, 2014.
MIOTTO, Sayonara. O trabalho colaborativo entre professor da sala comum e o professor do atendimento educacional especializado. Programa de Pós-Graduação em Ensino na Educação Básica. UFES – Campus São Mateus, 2012. 72p.
NUERNBERG, A. H. Contribuições de Vigotski para a educação de pessoas com deficiência visual. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 13, n. 2, p. 307-316, abr./jun. 2008.
ORRU, Sílvia Ester. Contribuições da abordagem histórico-cultural na educação de alunos autistas. Rev Hum Med, Ciudad de Camaguey , v. 10, n. 3, p. 1-11, dic. 2010.
TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.
VIGOTSKI, L. S. Obras escogidas: fundamentos de defectología. Tomo V. Madrid: Visor, 1997.
________. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
_______. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
_______. Psicologia pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2003.
_______. Quarta aula: a questão do meio na pedologia. Tradução de Márcia Pilleggi Vinha e revisão de Max Weleman. Psicologia. USP [online]. 2010, vol. 21, n. 4, p. 681-701.

Downloads

Publicado

23-08-2016

Como Citar

Mageski, M. S. S., & Conde, P. S. (2016). O TRABALHO COLABORATIVO ENTRE PROFESSORES QUE ATUAM COM CRIANÇAS COM BAIXA VISÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL. Revista Educação Especial Em Debate, (01), 103–119. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/reed/article/view/14592

Edição

Seção

Artigos - Fluxo Contínuo