PRÁTICAS DOCENTES FRENTE À INCLUSÃO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Resumo
O presente artigo pretende conhecer e analisar as práticas docentes dos professores que atuam nas classes comuns, com alunos com deficiência intelectual, e as possíveis implicações no processo de inclusão. Para tanto, buscou responder a seguinte questão de pesquisa: Quais práticas docentes permeiam o processo de inclusão dos alunos com deficiência intelectual nas classes comuns do Ensino Fundamental II? Nesse sentido, enveredamos pela perspectiva de diversos autores, mas comungamos com a postura de Franco (2012) ao afirmar que a prática docente pode ser sinônimo da pedagógica, mas também pode ser diferente a depender do professor que a desenvolve no contexto da sala de aula. Optamos pela abordagem qualitativa de cunho fenomenológico, utilizando como técnica de coleta de dados, a entrevista semiestruturada, a observação e a análise de documentos. O estudo demonstrou que as práticas docentes, para alunos com deficiência intelectual, se pautam na concepção Objetivista, ao proporcionarem o treino e a repetição, opondo-se à concepção interacionista de Vygotsky, cuja escola em questão é permeada, substancialmente, por práticas de socialização. Então, cabe a essa escola, um olhar mais atento para que tais práticas sejam inclusivas, acreditando na capacidade que cada aluno com deficiência intelectual tem de aprender e participar ativamente do processo de ensino/aprendizagem.