AUDIODESCRIÇÃO NO ENSINO DA LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS PARA UMA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
UMA EXPERIÊNCIA DOCENTE A SERVIÇO DA INCLUSÃO NO ENSINO SUPERIOR
Resumo
Este texto é um registro de uma prática docente realizada, em contexto remoto, no atendimento educacional especializado de uma aluna com baixa visão e estudante do curso de Pedagogia de uma universidade federal. Sendo uma experiência piloto da autora, o artigo traz alguns conceitos necessários para o desenvolvimento da atividade: audiodescrição e sua estrutura-base, audiodescrição didática (ADD), língua brasileira de sinais e seus parâmetros, além de elementos necessários à compreensão do atendimento educacional especializado, também conhecido como AEE. A metodologia aplicada foi a pesquisa-ação, na qual a autora se fez presente em todas as aulas a fim de recapitular os conhecimentos prévios sobre a Libras e como ela poderia ser ensinada, de maneira remota, a essa estudante com baixa visão. Conclui-se que o uso da audiodescrição no ensino de Libras não só contribui para a aprendizagem de pessoas cegas ou com baixa visão, mas também colabora para a organização da espacialidade daqueles que são considerados indivíduos típicos, isto é, o sujeito que não apresenta deficiências, transtornos de desenvolvimento ou quaisquer tipos de distúrbios de aprendizagem.