EDUCAÇÃO SUPERIOR INCLUSIVA
DESAFIOS ENFRENTADOS POR DISCENTES COM TEA DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Resumen
A universidade, enquanto local de ampla discussão, formação e construção do conhecimento, deve preocupar-se, também, com questões sociais, principalmente em relação aos alunos com deficiência, pois a inclusão de discentes com necessidades educacionais específicas nas instituições de ensino superior possibilita a redução de espaços excludentes. Nesse sentido, este artigo, que traz um recorte de uma pesquisa no âmbito do mestrado profissional em educação concluído em 2020, razão pela qual foi mantido o termo “necessidades educacionais específicas”, tem como objetivo: identificar e analisar os desafios enfrentados pelos discentes da UnB, diagnosticados com TEA, perante o processo de inclusão da vida acadêmica. Para tal, realizou-se uma investigação na Universidade de Brasília, com cinco alunos entre 22 e 39 anos, com diagnóstico de TEA, a partir de uma entrevista semiestruturada. Após a coleta dos dados, verificou-se que estão entre os desafios dos discentes: situações de solidão, de insatisfação com o curso, com a relação professor-aluno, com as amizades ou com a falta delas e com desconhecimento dos programas de apoio oriundos da universidade. A análise realizada evidenciou a necessidade constante de repensar os programas de apoio, a partir da escuta ativa dos alunos e das questões que surgem em suas experiências cotidianas.













