TEMPO, HISTÓRIA, MEMÓRIA, IDENTIDADES E O COMPROMISSO COM O HISTORICISMO E HISTORIOGRAFIA SOBRE A EDUCAÇÃO DE SURDOS
Resumo
O intuito desta produção está em resenhar a obra Fontes para Reler Milão (1880) e trazer reflexões por meio da ótica de um Surdo historiador, autêntico. Dito isso, os pesquisadores Rodrigues e Vieira-Machado deram um salto qualitativo às discussões, a partir das observações e traduções documentais, tornando-as valorativas em perspectiva cultural-linguísticas e respeitáveis para com o momento histórico delineado. Considerando a história dos Surdos dentro de uma leitura pautada no século XIX, conjuntamente com os atores discursivos envolvidos em seu espaço de embate linguístico e educativo aos Surdos, por meio dos respectivos documentos de relatórios, podemos melhor compreender o itinerário de luta, resistência e engajamento que foram entrelaçados durante a realização do Congresso de Milão. Ao resgatar esse debate os organizadores dão luzes a novos olhares e, principalmente, visibilidade aos Surdos. Visibilidade, prospectada pela bateia dos observadores atentos às mensagens subliminares postas nas entrelinhas dos documentos, atas, relatórios que retratam o contexto do Congresso de Milão. Independentemente da posição política, cultural-linguística, dos reflexos do entorno sobre o corpo Surdo, a visibilidade emancipadora se manifesta na resistência histórica que os próprios Surdos fazem emergir! Ao mesmo tempo é a sombra e a concretude da ressignificação em marcação de tempo, espaço e discurso. Nessa direção, Tempo, História, Memória, Identidades e o Compromisso com o Historicismo e Historiografia sobre a Educação de Surdos, simboliza amálgamas que nós, na condição de historiador e pesquisador, reconhecemos os entrelaçamentos em seu processo histórico e de resistência Surda!













