ANGÚSTIAS E DESAFIOS DE PROFESSORES NA ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Abstract
O estudo traz uma análise sobre as angústias e os desafios acerca das práticas de alfabetização de professores dos Anos Finais do Ensino Fundamental na área da deficiência intelectual em uma escola estadual no âmbito da SRE Linhares-ES. Para a coleta dos dados foram realizados encontros de grupo focal com professores de Língua Portuguesa, Professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) e Pedagogas da escola investigada. A pesquisa fundamenta-se teórica e metodologicamente na perspectiva histórico-cultural de desenvolvimento humano elaborada por Vigotski e autores que discutem o campo da deficiência ancorados no materialismo histórico-dialético. Com base nas discussões realizadas no grupo focal, foi possível constatar que as angústias dos professores, participantes da pesquisa, relacionam-se à falta de formação na área da Alfabetização e da Educação Especial no que tange às especificidades de alunos com deficiência intelectual, ausência de trabalho colaborativo e excessivo número de alunos na sala de aula do ensino comum. Entre os desafios está em planejar atividades acessíveis que vão ao encontro da língua enquanto processo de interação e que privilegie o estudante como autor de seu próprio texto. Portanto, planejar estratégias de alfabetização diferenciadas e contextualizadas para estudantes com deficiência intelectual é um grande desafio às práticas e ações docentes, o que exige o comprometimento de todos os envolvidos e uma formação especial mais sólida dada a importância e complexidade no que tange a aprendizagem da escrita e produção textual de alunos com deficiência intelectual nos anos finais do ensino fundamental.













