Os estudos organizacionais e as práticas na precarização do trabalho no enquadramento como MEI
Palavras-chave:
estudos organizacionais, precarização do trabalho, Microempreendedor Individual, Estudos Baseados em Prática, pejotizaçãoResumo
Este artigo busca compreender as maneiras que os estudos organizacionais tratam as práticas relacionadas com a precarização do trabalho, a partir do enquadramento como Microempreendedor Individual (MEI) e as contribuições dos Estudos Baseados em Prática (EBP) para tratar dessa temática. Para alcançar esse objetivo discutimos o entendimento de que a economia e o mercado de trabalho brasileiros estão inseridos na lógica mundial do capitalismo flexível (ARNOLD; BONGIOVI, 2013). Segundo Antunes (2018), trata-se de uma nova fase das relações de trabalho. Para o autor as relações estáveis e previsíveis, baseadas na lógica industrial fordista, estão sendo substituídas pelas relações precárias, temporárias, flexíveis, baseadas na informalidade ou em diversas modalidades de trabalho nas quais o trabalhador se formaliza como pessoa jurídica para trabalhar em uma empresa, sem gerar custos trabalhistas, sendo contratado de acordo com as demandas variáveis das empresas.