A tríade das cores: reflexões sobre a individualidade no filme "A Liberdade é Azul" (Bleu)

Autores

  • Eder Malta Programa de Pós-Graduação em Sociologia – UFPel (PNPD/CAPES)

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v6i1.27207

Resumo

Este artigo analisa o filme “A Liberdade é Azul” do diretor polonês Krzysztof Kieslowski para debater sobre os processos subjetivos de ressignificação identitária e da reflexividade do eu, centrado nas maneiras de agir e de pensar dos indivíduos. Com base em Georg Simmel e Anthony Giddens, relacionamos alguns conceitos como atitude de reserva, reflexividade, segurança ontológica, confiança e ansiedade existencial presentes no comportamento da principal personagem do filme, Julie, como “tons” de fundo para uma discussão sobre a liberdade e a vida moderna. O que se percebe é que Julie convive com a contingência entre libertar-se do passado e preservar sua individualidade na reconstrução da trajetória de vida e de sua autoidentidade após a morte de sua família.

Palavras-chave: Reflexividade; Confiança; Segurança ontológica; Individualidade.


Resumen

Este artículo analiza la película “La Libertad es Azul” del director polaco Krzysztof Kieslowski para debatir sobre los procesos subjetivos de resignificación identitaria y de la reflexividad del yo, centrado en las maneras de actuar y de pensar de los individuos. Con base en Georg Simmel y Anthony Giddens, relacionamos algunos conceptos como actitud de reserva, reflexividad, seguridad ontológica, confianza y ansiedad existencial presentes en el comportamiento del principal personaje de la película, Julie, como "tonos" de fondo para una discusión sobre la libertad y la vida moderna. Lo que se percibe es que Julie convive con la contingencia entre liberarse del pasado y autopreservar su individualidad en la reconstrucción de la trayectoria de vida y de su autoidentidad tras la muerte de su familia.

Palabras clave: Reflexividad; Confianza; Seguridad ontológica; Individualidad.


Abstract

This article analyzes the film Bleu by polish filmmaker Krzysztof Kieslowski to discuss about the subjective processes of identity resignification and the reflexivity of the self, focused in the ways of acting and of thinking of the individuals. Based on Georg Simmel and Anthony Giddens, we relate certain concepts such as reserve attitude, reflexivity, ontological security, trust and existential anxiety that present in the behavior of the film's main character, Julie, as background tones for a discussion about freedom and modern life. What is perceived is that Julie lives with the contingency between freeing herself from the past and preserve her individuality in the reconstruction of her life-trajectory and self-identity after her family's death.

Keywords: Reflexivity; Trust; Ontological security; Individuality.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eder Malta, Programa de Pós-Graduação em Sociologia – UFPel (PNPD/CAPES)

Pós-doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociologia – UFPel (PNPD/CAPES), Brasil. Doutor em Sociologia (PPGS/UFS). Pesquisador do Laboratório de Estudos Urbanos e Culturais/UFS e membro do grupo de pesquisa Cidade, vida cotidiana e imagem/UFPel.

Referências

BAUDELAIRE, Charles (2015). Intégrale des Oeuvres. Paris: GrandsClassiques.com.

BENJAMIN, Walter (1989). Charles Baudelaire: um lírico no auge do capitalismo. Obras escolhidas; v. 3. São Paulo: Brasiliense.
______. (1997). “Paris, capital do século XIX”. In: FORTUNA, Carlos (Org.). Cidade, cultura e globalização: ensaios de sociologia. Oeiras: Celta. pp. 67-82.

BERMAN, Marshall (1986). Tudo que é sólido se desmancha no ar. São Paulo: Editora Schwarcz Ltda.

CANELLA, Murilo (2017). “Georg Simmel e a crítica à objetividade do conhecimento. In: NORUS. Revista Novos Rumos Sociológicos. Pelotas, vol. 5, n. 7, jan-jul, pp. 65-97.

FRISBY, David (2013). Fragments of modernity: Theories of Modernity in the Work of Simmel, Kracauer, and Benjamin Studies in contemporary German social thought. London: Routledge.

GIDDENS, Anthony (1991). As consequências da modernidade. São Paulo: UNESP.
______. (2002). Modernidade e Identidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

GUIMARÃES, Luciano (2000). A cor como informação: a construção biofísica, linguística e cultural da simbologia das cores. São Paulo: Annablume.

HERZHAFT, Gérard et al. (1997). Encyclopedia of the blues. 2nd ed. Fayetteville, AR: University of Arkansas Press.

KUMAR, Krishan (1997). Da sociedade pós-industrial à pós-moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

MOTA, Rodrigo (2017). “Simmel e a confiança”. In: NORUS. Revista Novos Rumos Sociológicos. Pelotas, vol. 5, n. 7, jan-jul, pp. 25-39.

SIMMEL, Georg (1997). “A metrópole e a vida do espírito”. In: FORTUNA, Carlos (Org.). Cidade, cultura e globalização: ensaios de sociologia. Oeiras: Celta. pp. 83-103.
______. (2006). Questões fundamentais da sociologia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.

TISKI-FRANCKOWIAK, Irene T. (1997). Homem, comunicação e cor. São Paulo: Ícone.

Downloads

Publicado

09-08-2019

Como Citar

Malta, E. (2019). A tríade das cores: reflexões sobre a individualidade no filme "A Liberdade é Azul" (Bleu). Simbiótica. Revista Eletrônica, 6(1), 275–295. https://doi.org/10.47456/simbitica.v6i1.27207

Edição

Seção

Artigos livres