“Psicologizando a sociedade”: as ciências psi e a perspectiva moderna do eu
“Psychologizing Society”: the psi sciences and the modern perspective of self
DOI:
https://doi.org/10.47456/simbitica.v10i1.38475Palavras-chave:
ciências psi, indivíduo, psicologizaçãoResumo
O propósito deste artigo é discorrer sobre o fenômeno da “psicologização da sociedade” e demonstrar como a democratização da linguagem das ciências psi contribuiu para perspectiva moderna do eu. Dessa forma, defendo, diante de uma pesquisa bibliográfica, que essa visão legitima — no senso comum ocidental — uma figura de um sujeito interiorizado, solitário e irredutível, um “eu” pensante, no qual a saúde e o seu adoecimento pertencem e se encerram especialmente nele próprio. Além disso, discuto como a literatura de autoajuda, as terapias comportamentais, a psiquiatria e a neurociência hegemônicas buscam e oferecem o controle e a gestão de si, conectando-se à gestão neoliberal do sofrimento psíquico no contexto do capitalismo financeiro.
Palavras-chave: ciências psi; indivíduo; psicologização.
ABSTRACT
The purpose of this article is to discuss the phenomenon of the “psychologization of society” and demonstrate how the democratization of the language of psi sciences contributed to the modern perspective of the self. Thus, I argue that this view legitimizes a figure of an interiorized, solitary and irreducible subject, a thinking “I”, in which health and illness belong and are confined especially within oneself. In addition, I discuss how hegemonic self-help literature, behavioral therapies, psychiatry and neuroscience seek and offer self-control and management, connecting to the neoliberal management of psychic suffering in the context of financial capitalism.
Keywords: science psi; individual; psychologization.
RESUMEN
El propósito de este artículo es discutir el fenómeno de la “psicologización de la sociedad” y demostrar cómo la democratización del lenguaje de las ciencias psi contribuyó a la perspectiva moderna del yo. Así, sostengo que esta visión legitima una figura de sujeto interiorizado, solitario e irreductible, un yo pensante, en el que la salud y la enfermedad pertenecen y están confinadas especialmente dentro de uno mismo. Además, discuto cómo la literatura hegemónica de autoayuda, las terapias conductuales, la psiquiatría y la neurociencia buscan y ofrecen autocontrol y gestión, conectando con la gestión neoliberal del sufrimiento psíquico en el contexto del capitalismo financiero.
Palabras clave: ciencia psi; individuo; psicologización.
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