INVISIBLE ABJECT BODIES IN THE COVID-19 PANDEMIC CONTEXT: LGBTQIA+ NECROPOLITICS

The invisibilization of the LGBTQIA+ population in the pandemic context of covid-19: reflections on biopolitics, necropolitics and intersectionality

Authors

DOI:

https://doi.org/10.47456/simbitica.v10i2.39916

Keywords:

Necropolitics, Abject bodies, Pandemic, Sexuality

Abstract

From the perspective of the concept of necropolitics, created by Achille Mbembe, this article discusses the invisibilization of abject bodies in the pandemic context, which increased the condition of vulnerability and the annihilation of such bodies. Using a dialogue between the theoretical contribution of Achille Mbembe and Michel Foucault, taking biopower and biopolitics as devices of power and bringing them closer to decolonial thinking in the intersectionality between race, class, gender and sexuality. We work with the concept of biopower from the perspective of necropolitics and present how State policies act directly on LGBTQIA+ people, in order to determine who will live and who will die. Additionally, in order to denounce the ills caused to LGBTQIA+ people during the pandemic, we sought data provided by civil organizations, ANTRA and #VoteLGBT.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Morgana Naiara Barbosa Moraes, Federal University of Mato Grosso

Master's student in Sociology PPGS/UFMT. Bachelor in Biomedicine from UFMT/CUA. Member of the GIS Group; During graduation she worked with the line of research "Human Biomedicine", encompassing large areas such as: Sociology, Anthropology and Philosophy

Luís Antonio Bitante Fernandes, Universidade Federal de Mato Grosso, Brasil

Graduated in Social Sciences from Universidade Estadual Paulista - UNESP (1993), Master's in Social Sciences from the Pontifical Catholic University of São Paulo - PUC/SP (2005) and PhD in Sociology from Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - UNESP/FCL - Ar . (2011). Associate Professor II, at the Federal University of Mato Grosso – UFMT, registered with the Graduate Program in Sociology - ICHS/UFMT/Cuiabá. I coordinate the Libertas Research Center, the research group on Gender, Identity and Sexuality – GIS and the Laboratory of Anthropology and Sociology – LABAS; Post-Doctoral Student at the Postgraduate Program in Social Anthropology - PPGAS/UFG; member of the research group LEX - Laboratory of Ethnographic Experiments and Social Markers of Differences, from the Federal University of Goiás Member of the Front Network: Network to Combat Violence against Women; Member of the Research, Teaching and Extension Network in Education in the Center-West and North regions of Brazil and in Latin America/RECONAL-Edu; In teaching, I work in the area of ​​Social Sciences, with emphasis on Sociology and Anthropology and Research Methodology; in research I work with the following themes: gender, identities, sexualities, decoloniality, masculinities, femininities and transvestites, with intersections in the field of health, education, gender violence and human rights; in extension, it develops actions involving the relationship between gender, sexuality and educational practices.

References

ANTRA (2020), Dossiê assassinatos e violência contra travestis e transexuais no Brasil em 2019. (PDF). [Consult. 01-07-2022]. Disponível em https://antrabrasil.org/mapadosassassinatos

ANTRA (2021), Dossiê assassinatos e violência contra travestis e transexuais no Brasil em 2020. (PDF). [Consult. 01-07-2022]. Disponível em https://antrabrasil.org/mapadosassassinatos/

ANTRA (2022), Dossiê assassinatos e violência contra travestis e transexuais no Brasil em 2021. (PDF). [Consult. 01-07-2022]. Disponível em https://antrabrasil.org/mapadosassassinatos/

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE SAÚDE COLETIVA (ABRASCO) (2020), “Considerações da Abrasco sobre a saúde da população LGBTI+ no contexto da epidemia de covid-19”. ABRASCO: Rio de Janeiro. [Consult. 31-05-2022]. Disponível em https://www.abrasco.org.br/site/noticias/posicionamentos-oficiais-abrasco/consideracoes-da-abrasco-sobre-a-saude-da-populacao-lgbti-no-contexto-da-epidemia-de-covid-19/47257/

BARRETO, Beatriz S. (2020), “Subcidadania LGBTQ e proteção social na pandemia de Covid19”. Revista do Nesef, v. 9, n. 2, pp. 32-50. [Consult. 10-07-2018]. Disponível em https://revistas.ufpr.br/nesef/article/view/77986

BENTO, Berenice (2014), “Brasil: país do transfeminicídio”. Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos. [Consult. 10-07-2018]. Disponível em http://www.clam.org.br/uploads/arquivo/Transfeminicidio_Berenice_Bento.pdf

BERTOLINI, Jeferson (2018), “O conceito de biopoder em Foucault: apontamentos bibliográficos”. Saberes, Natal, v. 18, n. 3, pp. 86-100.

BEZERRA Marcos V. da R., et al. (2019), “Política de saúde LGBT e sua invisibilidade nas publicações em saúde coletiva”. Saúde em Debate, v. 43, n. spe8, pp. 305-323.

BORRILLO, Daniel (2010), “O sexo e o Direito: a lógica binária dos gêneros e a matriz heterossexual da Lei”. Meritum, Belo Horizonte, v. 5, n. 2, pp. 289-321.

BORRILLO, Daniel (2015), “Uma perspectiva crítica das políticas sexuais e de gênero” in F. Seffner, Gênero, sexualidade e direitos humanos. Porto Alegre: [s. n.], pp. 1-17. [Consult. 20-02-2022]. Disponível em https://hal.archives-ouvertes.fr/hal01240641/document

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE (2011), Portaria GM/MS Nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011. Institui, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (PNSI-LGBT). Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília, DF, Seção 1.

BUTLER, Judith (2019), Corpos que importam: os limites discursivos do sexo. São Paulo, n-1; Crocodilo.

BUTLER, Judith (2015), Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.

CALMON, Trícia V. L. (2020), “As condições objetivas para o enfrentamento ao COVID-19: abismo social brasileiro, o racismo e as perspectivas de desenvolvimento social como determinantes”. NAU Social, Salvador, v. 11, n. 20, pp. 131-136.

CARDOSO, Michelle R.; FERRO, Luís F. (2012), “Saúde e população LGBT: demandas e especificidades em questão”. Psicologia: Ciência e Profissão, [s. l.], v. 32, n. 3, pp. 552-563.

COLETIVO #VOTELGBT (2020), Relatório de Diagnóstico LGBT+ na Pandemia. [Consult. 13-06-2020]. Disponível em https://votelgbt.org/

COLETIVO #VOTELGBT (2021), Relatório de Diagnóstico LGBT+ na Pandemia. [Consult. 13-06-2020]. Disponível em https://votelgbt.org/

COLLING, Leandro (2018), Gênero e sexualidade na atualidade. Salvador: UFBA, Instituto de Humanidades, Artes e Ciências; Superintendência de Educação a Distância.

DUARTE, Marco José de Oliveira (2017), “Diversidade sexual, políticas públicas e direitos humanos: saúde e cidadania LGBT em cena”. Temporalis, Brasília, DF, ano 14, pp. 77-98.

DUARTE, Marco J. de O. (2020), Vidas precárias e lgbtqifobia no contexto da pandemia: a necropolítica das sexualidades dissidentes. Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora, Juiz de Fora. [Consult. 11-01-2022]. Disponível em https://www.apesjf.org.br/wp-content/uploads/LGBT_Convid_19_APES-1

DUARTE, Marco J. de O.; OLIVEIRA, Dandara F. S. (2021), “LGBTQI+, vidas precárias e necropolítica em tempos da Covid-19: a interseccionalidade e a teoria queer em cena”. Em Pauta, v. 19, n. 48, pp. 153-169.

FERNANDES, Luís A. B. (2019), “Corpos que falam: biopolítica e saúde LGBTQI”. Fórum linguístico, v. 16, n. 3, pp. 3983-3993.

FOUCAULT, Michel (1999), Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). Tradução Maria Ermantina Galvão. São Paulo, Martins Fontes.

FOUCAULT, Michel (2012), História da sexualidade I: a vontade de saber. Tradução Maria Thereza da Costa e J. A. Guilhon Albuquerque. 22. ed. Rio de Janeiro, Graal.

FOUCAULT, Michel (2008), Segurança, território, população: curso dado no Collège de France (1977-1978). São Paulo, Martins Fontes.

FOUCAULT, Michel (2014), Vigiar e punir. Lisboa, Leya.

GONÇALVES, Leandro A. P. et al. (2019), “Saúde coletiva, colonialidade e subalternidades: uma (não) agenda?”. Saúde em Debate, v. 43, n. 8, pp. 160-174.

GONÇALVES, Ana Maria (2020), Um defeito de cor. Rio de Janeiro, Record.

IGNACIO, Julia (2020), “Necropolítica: o que esse termo significa?”. Politize! [Consult. 07/03/2021]. Disponível em: https://www.politize.com.br/necropolitica-o-que-e/

JESUS, Leandro S. B.; SAMPAIO, Leonardo G. (2017), “A História, a pós-colônia e os “novos” sujeitos na produção dos conhecimentos: reflexões com Achille Mbembe”. Revista Cadernos de Ciências Sociais da UFRPE, v. 2, n. 11, pp. 109-125.

MARINHO, Silvana (2016), “Precarização social da população LGBT: um debate sobre o trabalho, relações sociais no capitalismo e as tendências contemporâneas do modo de produção capitalista”. Anais do IV Seminário Internacional de Educação e Sexualidade. Vitória, UFES.

MBEMBE, Joseph-Achille (2014), Crítica da razão negra. Lisboa, Antígona.

MBEMBE, Joseph-Achille (2014), “Necropolítica”. Arte & Ensaios, Rio de Janeiro, UFRJ, n. 32. (Recentemente publicado como: MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. São Paulo: n-1 editora, 2018).

MISKOLCI, Richard (2011), “Não ao sexo rei: da estética da existência foucaultiana à política queer” in L. A. F. de Souza; T. T. Sabatine; B. R. de Magalhães (orgs.). Michel Foucault: sexualidade, corpo e direito. Marília: Oficina Universitária; São Paulo, Cultura Acadêmica, pp. 47-68.

MISKOLCI, Richard (2007), “Pânicos morais e controle social: reflexões sobre o casamento gay”. Cadernos Pagu, Campinas, n. 28, pp. 101-128.

MORAES, Camila de F. (2021), “Pandemia e necropoder: um recorte acerca da precarização das vidas LGBTS” in C. J. Ribeiro, N. R. M Krüger, T. S. Rovere (orgs.), Diálogos da cidade no contexto pandêmico. Pelotas, Editora UPel, pp. 110-124.

MORAES, Morgana N. B.; FERNANDES, Luís A. B. (2020), “Discriminação e invisibilidade: os serviços da saúde pública à pessoa LGBTQI+ e a Educação” in A. S. S. Monteiro (org.), A educação em suas dimensões pedagógicas, políticas, social e cultural 2. Ponta Grossa, Atena, pp. 73-81.

PEREIRA, Pedro P. G. (2015), “Queer decolonial: quando as teorias viajam”. Revista Contemporânea, São Carlos, v. 5, n. 2, pp. 411-437.

QUIJANO, Aníbal (2000), “Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina” in E. Lander (org.), La Colonialidad del saber: eurocentrismo y Ciencias Sociales. Perspectivas latinoamericanas. Caracas, CLACSO, pp. 201-245.

QUIJANO, Aníbal (1992), “Colonialidad y modernidad/racionalidad”. Perú indígena, [s. l.], v. 13, n. 29, pp. 11-20.

QUIJANO, Aníbal (1998), “La colonialidad del poder y la experiencia cultural latino-americana” in R. Briceño-León, H. R. Sonntag (orgs.), Pueblo, época y desarrollo: la sociología de América Latina. Caracas, Nueva Sociedad, pp. 139-155.

ROCHA, Renan V. de S.; CORREIA, Wesley B.; TAVARES, Jeane S. C. (2020), “Da biopolítica à necropolítica”. Anãnsi: Revista de Filosofia, v. 1, n. 2, pp. 27-48.

ROCON, Plabo C. et al (2020), “Acesso à Saúde pela população trans no Brasil: nas entrelimhas da revisão integrativa”. Trabalho, Educação e Saúde. v. 18, n. 1, pp 1-18.

SAFFIOTI, Heleieth (2015), Gênero, patriarcado e violência. 2. ed. São Paulo, Fundação Perseu Abramo.

SAFT, Fabiano (2020), “A relação com a casa e a comunidade LGBTQIA+ no isolamento social”. Rural e Urbano, v. 5, n. 2 [Consult. 08-01-2021]. Disponível em https://periodicos.ufpe.br/revistas/ruralurbano/article/view/246300/36967

SANTANA, Alef D. da S.; MELO, Lucas P. de (2021), “Pandemia de covid-19 e população LGBTI+. (In)visibilidades dos impactos sociais”. Sexualidad, Salud y Sociedad: Revista Latinoamericana, [s. l.], n. 37, p. 1-19.

SANTOS, Boaventura de S. (2007), “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes”. Novos estudos CEBRAP, v. 79, pp. 71-94.

SANTOS, Boaventura de S.; MENESES, Maria P. (2009), “Epistemologias do sul” in Epistemologias do Sul, pp. 637-637.

SILVA, Vitória Régia da (2021), Cirurgias do processo transexualizador caem 70% em 2020 e denúncias de “esvaziamento” na saúde revelam risco para população trans. 2021. [Consult. 13-03-2021]. Disponível em http://www.generonumero.media/saude-trans/

SIMÕES, Júlio; FACCHINI, Regina (2009), Na trilha do arco-íris: do homossexual ao movimento LGBT. São Paulo, Fundação Perseu Abramo.

VERGUEIRO, Viviane (2015), Por inflexões decoloniais de corpos e identidades de gênero inconformes: uma análise autoetnográfica da cisgeneridade como normatividade. Dissertação (Mestrado em Cultura e Sociedade). Salvador: Universidade Federal da Bahia.

Published

20-08-2023

How to Cite

Moraes, M. N. B., & Fernandes, L. A. B. (2023). INVISIBLE ABJECT BODIES IN THE COVID-19 PANDEMIC CONTEXT: LGBTQIA+ NECROPOLITICS: The invisibilization of the LGBTQIA+ population in the pandemic context of covid-19: reflections on biopolitics, necropolitics and intersectionality. Simbiótica. Revista Eletrônica, 10(2), 53–76. https://doi.org/10.47456/simbitica.v10i2.39916