O lógos como essência do homem e essência da linguagem

uma leitura do fragmento 50 de Heráclito a partir de Heidegger

Authors

  • Bruno Abilio Galvão 27998664431

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v10i2.35724

Keywords:

Essência. Heidegger. Heráclito. Linguagem. Lógos

Abstract

A linguagem, há muito pensada metafisicamente como um ente intramundano está, segundo Heidegger, fora de seu horizonte originário. Então, atribuindo-se a tarefa de recolocar a linguagem em seu horizonte e pensá-la originária e essencialmente, Heidegger recorre aos pensadores originários Parmênides e Heráclito. Porém, investigaremos essa questão a partir do fragmento 50 de Heráclito analisando a linguagem em sua essência por meio da palavra lógos que, posteriormente, se mostrará também como a essência do homem. Para isso, lançaremos mão de pesquisa bibliográfica referente a algumas obras de Heidegger em que ele aborda o tema e também de alguns comentadores que tratam do assunto proposto. A relevância do tema persiste no fato de possibilitar, ao recolocar a linguagem em seu horizonte originário, um rompimento com a separação entre homem e mundo proporcionado pela metafísica em todas as suas formas e sistemas de pensamento.

Downloads

Download data is not yet available.

References

CAMPOS, Paula. Phainomenos e Lógos na apropriação de fenomenologia de Heidegger: uma leitura do § 7 de Ser e Tempo. Revista Ética e Filosofia política, v.10, n. 2, p. 1-11, dez. 2007.

CHAUI, Marilena. Filosofia. São Paulo: Ática, 2004.

FEITOSA, Augusto César. Physis – Lógos – Alétheia: a problemática da verdade em Heidegger. 2004. Dissertação de Mestrado em Filosofia – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2004.

HEIDEGGER, Martin. Carta sobre o humanismo. Tradução de Emmanuel Carneiro Leão Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.

_____. Que é isto – A Filosofia?. Coleção Os Pensadores, vol. XLV. Tradução de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1973a, p. 205-222.

_____. Sobre o “Humanismo”. Coleção Os Pensadores, vol. XLV. Tradução de Ernildo Stein. São Paulo: Abril Cultural, 1973b, p. 345-374.

_____. Introdução à Metafísica. Apresentação e tradução de Emmanuel Carneiro Leão. 3ª edição. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987.

_____. Heráclito: A origem do pensamento ocidental. Lógica, a doutrina heraclítica do lógos. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1998.

_____. A Caminho da Linguagem. Tradução de Márcia Sá Cavalcante. Petrópolis: Vozes, 2003.

_____. Ser e Tempo – parte 1. Tradução de Márcia Sá Cavalcante Schuback. 15ª edição. Petrópolis: Vozes, 2005.

_____. Ensaios e conferências. 5ª edição. Petrópolis: Vozes, 2008.

LEÃO, Emmanuel Carneiro. Nota. In: Carta sobre o humanismo. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.

NEGRIS, Adriano; SANTOS, Leandro Assis. A memória e a escuta do logos de Heráclito a partir da leitura de Heidegger. Ekstasis: revista de fenomenologia e hermenêutica, v. 2, n. 2, p. 67-82, 2013.

PESSOA, Fernando Mendes. O assunto e o caminho do pensamento de Heidegger. Espírito Santo: Edufes, 2003.

_____. Entre pensar e ser, Heidegger e Parmênides. Anais de Filosofia Clássica, ano 1, v.1, n. 1, 2007. Disponível em <http://www.ifcs.ufrj.br/~afc/2007/pessoa.pdf> Acesso em: 28 out. 2013.

SCHULER, Donald. Heráclito e seu (dis)curso. Porto Alegre: L&PM, 2001.

STEIN, Ernildo. Nota do tradutor. In: HEIDEGGER, Martin. Que é isto – A Filosofia?. Coleção Os Pensadores, vol. XLV. São Paulo: Abril Cultural, 1973, p. 218-219.

_____. Introdução ao pensamento de Martin Heidegger. Porto Alegre: Edipucrs, 2011.

Published

19-02-2022

How to Cite

Galvão, B. A. (2022). O lógos como essência do homem e essência da linguagem: uma leitura do fragmento 50 de Heráclito a partir de Heidegger. Sofia , 10(2), 175–194. https://doi.org/10.47456/sofia.v10i2.35724