Sofistas e céticos

da semântica dos nomes ao vilipêndio histórico

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.47456/sofia.v14i2.48254

Palabras clave:

ceticismo, sofística, vilipêndio histórica

Resumen

Mais do que qualquer escola de pensamento, os primeiros sofistas foram os que mais clara e tangivelmente anteciparam, em suas posições gnosiológicas, uma forma de pensamento afim com a tradição cética pirrônica. No entanto, para além da conformidade de pensamento entre sofistas e céticos, essas duas “escolas” partilharam do mesmo tipo de recepção hostil dispensado pela tradição filosófica – recepção da qual se originou a desqualificação histórica que pôs o pensamento cético-sofístico em um lugar de somenos na história das ideias. Com isso, os próprios termos se corromperam, deixaram de significar o que originalmente significavam e adquiriram conotações depreciativas. À visto disso, pretendemos analisar neste trabalho o sentido primeiro e as nuances históricas dos termos σοφιστής e σκεπτικός, assim como investigar o longo processo de desqualificação filosófica que essas duas tradições sofreram, a fim de que a acepção originária dos termos e o repúdio histórico dessas duas tradições possam ser esclarecidos.  

Biografía del autor/a

  • Wesley Rennyer, UFCA - Universidade Federal do Cariri

    Professor de Filosofia Antiga e Medieval da Universidade Federal do Cariri (UFCA). Doutor em Filosofia pelo PPGFIL da UFRN. Mestre em Filosofia pela UFPB. Graduado em Filosofia e Letras Clássicas pela UFPB.

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Publicado

11-07-2025

Cómo citar

Rennyer, W. (2025). Sofistas e céticos: da semântica dos nomes ao vilipêndio histórico. Sofia , 14(2), e14248254. https://doi.org/10.47456/sofia.v14i2.48254