A LINGUAGEM E O SIMBÓLICO:
DA NOÇÃO DE TOTALIDADE DO CORPO À PRODUÇÃO DE UM SENTIMENTO DE SI (DAS SELBSTGEFÜHL) SOB OS IMPERATIVOS DO CORPO PSICOSSEXUALIZADO
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v9i2.32436Resumo
O presente artigo procurará apresentar a noção de totalidade do corpo (corporeidade em relação com o outro e com o mundo) sob a condição de uma sensorialidade em concomitância com os processos de associação: sentir é associar. Deste modo, a coisa do mundo (das Ding), a palavra (unidade da função de linguagem) e o simbólico mostrarão o quanto a psicologia individual encontrar-se-á articulada à psicologia das massas. Será entre o indivíduo e a coletividade da qual participa que a patologia (no caso, a patogênese da paranoia) será colocada no campo da intercorporeidade pelo qual a memória, a maquinaria da produção imaginária, da sujeição ao desejo e ao simbólico serão capazes de mobilizar o jogo da economia das emoções na produção de uma Selbstgefühl do corpo psicossexualizado – Mbembe será de grande importância para pensarmos nessa neurose da vitimização. Com isso, veremos o quanto da verdade social efetiva (histórica e material) entrará em comunicação com as forças que mobilizam o sensível e a imaginação: do sentimento do infamiliar (qualidades do sentir) à atividade criadora (dança, música, máscaras, rituais). Por fim, concluiremos que a condição humana se dá sob as aventuras da intercorporeidade, da verdade e da temporalidade do Sendo.
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