A trancendência como fundamento para a escolha moral em Jean-Paul Sartre
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v3i1.8093Abstract
Para Sartre, enquanto relação, o homem é marcado necessariamente por sua exterioridade. Se a referência é nossa discussão sobre a transcendentalidade da consciência vale pontuar, então, que é a partir desse movimento para fora de si que a escolha humana se dá. Assim, a influência e discussão sobre o conceito de intencionalidade parece ter sido decisivo para estruturar a noção de consciência sartriana enquanto puro vazio. O objetivo do texto proposto é, pois, a partir da noção de intencionalidade discutida em um primeiro momento por Husserl, tornar claro que existe uma diferença substancial entre as identidades de essência e as identidades de existência em Sartre e que essa diferença é a base de nossas escolhas axiológicas. A liberdade humana é marcada por sua característica consciente e intencional, também por sua relação com o mundo. O ser do que é conhecido não se reduz ao seu conhecimento ou à sua percepção. A qualidade da coisa não diz o que essa coisa é. O conhecimento é resultado de uma transcendência do sujeito em direção ao objeto, o fruto dessa relação, na consciência, não se dá como representação, ou resultado direto entre estímulo e sensação, mas é marcada, sobretudo, pela consciência posicional. Esse movimento da consciência para fora de si, em direção a um mundo cheio de possibilidades marca, portanto, nossas escolhas morais.
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