Genealogia epistêmica e normas de credibilidade
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v7i1.19387Resumo
Neste ensaio, eu apresento duas maneiras de conceber uma explicação genealógica do conceito de conhecimento. A primeira delas através da hipótese do estado epistêmico de natureza elaborada por Edward Craig, na qual conhecimento é compreendido como um conceito evoluído a partir do conceito de bom informante. Depois de considerar o projeto de Craig, eu traço um paralelo entre essa abordagem e a explicação valorativa de Miranda Fricker sobre o mesmo conceito. Em seguida, eu apresento e discuto o desenvolvimento social que Fricker oferece à genealogia de Craig, onde ela sugere que as noções de bom informante e de conhecimento são necessariamente dependentes do estabelecimento de uma norma de credibilidade, e que esta norma deve ser vista como inerentemente política. Por fim, defendo uma ilustração a partir do trabalho de Kristie Dotson de como ambas as abordagens genealógicas poderiam explicar e oferecer soluções para falhas na normatividade de nossos sistemas epistêmicos.
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