Os difusores do apocalipse
Uma leitura de De um tom apocalíptico adotado há pouco em filosofia
DOI:
https://doi.org/10.47456/sofia.v10i2.31614Palavras-chave:
Derrida. Apocalipse. Finalismo. Kant. ReligiãoResumo
Pensaremos a «morte da filosofia» e a «crítica do finalismo» em De um tom apocalíptico adotado há pouco em filosofia (1981) de Derrida, a partir de três pontos: 1) a «neutralidade do tom»: trata-se da articulção, na querela entre Kant e os mistagogos, entre o bom tom do discurso filosófico e seus desvios; 2) «o filósofo e seu outro» aborda a exigências políticas e morais motivadoras do discurso desses dois oponentes; 3) «A crítica do finalismo e seus limites», expõe a tese de Derrida: o tom apocalíptico é um elemento não-filosófico transcendental intrínseco ao discurso filosófico. Seguiremos o movimento da desconstrução, mostrando seus principais momentos, impasses e articulações, mas também traços da reconstrução do discurso filosófico e sua estratégia: re-pensar as plasti-cidades entre razão-mito-poesia (contra o obscurantismo e o fascismo), através de uma crítica ao logocentrismo e à usurpação das potências racionais e míto-poéticas pelo discurso religioso.
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Referências
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