A Revolução de 25 de janeiro de 2011, 5 anos depois – um balanço
DOI:
https://doi.org/10.18315/argumentum.v8i1.12631Resumo
A
luta entre as massas se rebelando e o antigo regime é o destino de todas as revoluções na história. Esta rebelião tem mobilizado principalmente as forças da contra-revolução, tanto a força violenta e brutal, bem como o poder do pensamento delicado estratégico, o que me refiro como a “classe pensante”.
No caso do Egito 2011, essa luta foi muito clara desde o primeiro dia. O Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA) tinha sacrificado Muhammad Hosni Said Mubarak para proteger ou mesmo salvar todo o regime de maior radicalização do movimento popular.
A liderança militar tem, de fato, saudado teatralmente com honras militares os mártires da grande revolução, mas ao mesmo tempo eles têm severamente resistido a quaisquer reivindicações deste movimento.
Toda realização só foi possível graças as missões de combate em massa. Duas manifestações com mais de um milhão de manifestantes em março de 2011 eram necessárias para derrubar o candidato do gabinete de Mubarak. Mais duas seguiram para prender os filhos de Mubarak e sua camarilha e trazê-los ao tribunal em abril. E por isso ter acontecido, essa onda revolucionária teve de continuar com o impulso inalterado até julho de 2011.
A máxima do CSFA foi, portanto; fazer concessões mínimas para as forças revolucionárias e reter o máximo das velhas estruturas de poder. Para que essa tática funcionasse, o SCAF entrou em uma aliança com o poder político, a única força na "classe", que de fato disputa o regime de Mubarak sobre a sua participação no poder, a Irmandade-Muçulmana (Muslim-Brotherhood) e todos os outros grupos do islamismo político.
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