Dialéctica de las crisis
DOI:
https://doi.org/10.18315/argumentum.v3i2.2079Resumo
Ante este panorama, la situación de crisis capitalista con epicentro en los países desarrollados -especialmente en los Estados Unidos- reabre la discusión sobre el modo de organización económico de la sociedad contemporánea, al tiempo que nos invita a reflexionar acerca de la naturaleza de la crisis, sus causas, consecuencias y posibles salidas.
Queremos ser precisos en nuestra definición de la crisis, que no alude sólo a la cuestión del ciclo económico, sino -y principalmente- a los límites estructurales en la obtención de ganancias, la consiguiente acumulación capitalista y el proceso de dominación política que de allí se deriva. La crisis es producto de factores internos del proceso de producción y reproducción, del cual la sobreproducción de mercancías y de capitales constituye el fundamento principal, conjuntamente con los conflictos laborales y sociales por la disputa de la renta generada. Es una lucha diversa por el salario, la vivienda, la salud, la educación y la apropiación social de valores socioculturales construidos históricamente, llevadas adelante por amplios sectores populares (trabajadores informales, pequeños campesinos, artesanos, comunidades de pueblos originarios, organizaciones territoriales, comunitarias, etc.) En rigor, ambas facetas son parte indisoluble del orden vigente, uno como proceso de trabajo y el otro de lucha de clases. Hay crisis cuando el capital no puede reproducir su ciclo como capital dinero, como capital productivo o como capital mercancía, procesos cruzados esencialmente por el conflicto de clase.
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