A tendência destrutiva do Estado e capital nas suas relações com a natureza

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/argumentum.v13i3.40248

Palavras-chave:

Estado, Capital, Destruição da natureza, Crise estrutural, “Questão ambiental”

Resumo

O texto que segue buscará discutir a relação destrutiva do Estado e do capital com a natureza, considerando a essência da reprodução sociometabólica do sistema do capital juntamente com o comando político do Estado. Por meio da revisão bibliográfica de autores da tradição marxista que discutem os fundamentos do capital e a destruição socioambiental, analisamos a lógica totalizadora e destrutiva do capital, principalmente em tempos de crise estrutural desde a década de 1970, a face do Estado na destruição socioambiental e a eclosão da “questão ambiental” e suas expressões na contemporaneidade. Conclui-se que essa crise estrutural acentuou o caráter feroz e corrosivo do capital e do Estado sobre a natureza, em busca da extração de recursos naturais para manter o ritmo de acumulação do capital que causa danos socioambientais para natureza e sociedade.

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Biografia do Autor

Everton Melo da Silva, Universidade Federal de Alagoas

Doutorando em Serviço Social pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisas Marxistas (GEPEM/UFS). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

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Publicado

29-12-2024

Como Citar

Silva, E. M. da. (2024). A tendência destrutiva do Estado e capital nas suas relações com a natureza . Argumentum, 16(3), 122–134. https://doi.org/10.47456/argumentum.v13i3.40248