Direitos da criança e do adolescente na interface do racismo
DOI:
https://doi.org/10.47456/argumentum.v17.2025.42638Palavras-chave:
Crianças negras, Racismo Estrutural e Institucional, Resistência, Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, Extensão UniversitáriaResumo
O artigo aborda os temas racismo, direitos e o sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes. Tem como objetivo refletir sobre as possibilidades de resistência diante de um sistema protetivo, desenvolvido em uma sociabilidade racista. Adotamos como metodologia a revisão bibliográfica e a observação participante da implementação de um curso de extensão universitária, de matriz antirracista, voltado para profissionais que atuam com crianças e adolescentes. Concluímos que o racismo é latente na infância, sendo pouco debatido. O letramento racial e o ensino configura-se a melhor estratégia de rompimento com o racismo na infância.
Downloads
Referências
Almeida, S. O que é o racismo estrutural? Belo Horizonte: Letramento, 2018.
Alves, P. Caso Miguel: Sari Corte Real é indiciada por abandono de incapaz que resultou em morte. G1 PE, Recife, 1º jul. 2020. Disponível em:
https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2020/07/01/caso-miguel-ex-patroa-da-mae-do-menino-e-indiciada-por-abandono-de-incapaz-com-resultado-morte.ghtml. Acesso em: 17 out. 2024.
Anuário Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2024.
Baptista, M. V. Planejamento social: intencionalidade e instrumentação. 2. ed. São Paulo: Veras, 2007.
Brasil. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Resolução nº 113 de 2006. Brasília (DF), 2006.
Brasil. Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990a.
Brasil. Lei № 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília (DF), 1990b.
Brasil. Ministério da Saúde. Marco Legal: saúde um direito de adolescentes. 1. ed. reimp. Brasília (DF), 2007. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/07_0400_M.pdf. Acesso em: 10 jan. 2025.
Benevides, M. A. da S. Perspectiva da equidade no pacto nacional pela redução da mortalidade materna e neonatal: atenção à saúde das mulheres negras. Brasília (DF): Ministério da Saúde, 2005. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/perspectiva_equidade_pacto_nacional.pdf . Acesso em: 25 out. 2024.
Bento, C. O pacto da Branquitude. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2023.
Campante, F. R. Crespo, A. R. V., Leite, P. G. Desigualdade Salarial entre Raças no Mercado de Trabalho Urbano Brasileiro: Aspectos Regionais. Revista Brasileira de Economia, São Clemente, v. 58, n. 2, jun. 2004.
Carmichael, S; Hamilton, C. Black Power. New York: Vintage Books, 1967.
Del Priore, M. História das crianças no Brasil. São Paulo, Contexto, 2010.
Eurico, M. Racismo e infância. São Paulo: Cortez, 2020.
Frota, A. M. M.C. Diferentes concepções da infância e adolescência: a importância da historicidade para sua construção. Estudos e pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, ano 7, n. 1, jan./jun. 2007.
Garcia, J; Morgado, R. Estatuto da Criança e do Adolescente, 30 anos: famílias e infâncias. In: Campinha, E.; Simas, F.; Lima, R. (Org.). Trinta anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, balanços e perspectivas. Rio de Janeiro: Lamparina, 2022.
Gonzalez, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: Rios, F.; Lima, M. (Org.). Por um feminismo Afro-Latino-Americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
Iamamoto, M. V.; Carvalho, R. Relações sociais e serviço social: esboço de uma interpretação histórico-metodológica. São Paulo: Cortez, 1982.
Kalckmann, S.; Santos, C. G.; Batista, L. E.; Cruz, V.M. Racismo Institucional: um desafio para a equidade no SUS? Saúde e Sociedade, v. 16, n. 2, ago. 2007.
Kilomba, G. Memórias da Plantação: episódios do racismo cotidiano. [S.l.]: Cobogó, 2019.
Memmi, A. Retrato do colonizado, precedido do retrato do colonizador. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2007.
Moura, C. Dialética radical do Brasil Negro. 2. ed. São Paulo: Fundação Maurício Grabois; Anita Garibaldi, 2014.
Munanga, K. Negritude: usos e sentidos. São Paulo: Ática, 1986.
Oliveira, A. Colonialidade do poder adultocêntrico e/nos direitos de crianças e jovens. Revista Culturas Jurídicas, Niterói, v. 8, n. 20, maio/ago. 2021.
Rizzini, I; Rizzini, I. A institucionalização de crianças no Brasil: percurso histórico e desafios do presente. Rio de Janeiro: Ed. PUC-Rio; São Paulo: Loyola, 2004.
Saraiva, V. C. S. Abrigo, prisão ou proteção? violência estatal contra crianças e adolescentes negros abrigados. Argumentum, Vitória, v. 11, n. 2, p. 76–92, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/23813/18477. Acesso em: 08 de mai. 2025.
Saraiva, V. C. S. Repensando a adoção e a circulação e a adoção de crianças negras na família brasileira. Revista Em Pauta: teoria social e realidade contemporânea, Rio de Janeiro, v. 18, n. 45, 2020.
Carvalho, M. S. N.; Lima, R. S.; Fonseca, T. M.; Saraiva, V. C. S. Educação permanente, violência e proteção de crianças e adolescentes. Temporalis, Brasília (DF), v. 24, n. 47, p. 313–330, 2024. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/temporalis/article/view/43993/30372. Acesso em: 10 dez. 2024.
Silva, B. W. I.; Rosa, J. S; Nascimento, R. K. C.S; Santos, S. Direito à Cidade e formação das favelas: uma expressão do racismo estrutural. São Paulo: Instituto Brasileiro de Direito Urbanístico, 18 jan. 2022. Disponível em: https://ibdu.org.br/col-democracia/direito-a-cidade-e-formacao-das-favelas-uma-expressao-do-racismo-estrutural/. Acesso em: 25 out. 2024.
Souza, J. C. S. A convivência familiar e o acolhimento institucional. São Paulo: Pilares, 2014.
Torres, A. S.; Tatagiba, L. F.; Pereira, R. F. S. P. Desafios para o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente: perspectiva dos Conselhos Tutelares e de Direitos. Coordenador: Benedito dos Santos; Organizadores: Jorge Kayano e Juliana Lordello Sícoli. São Paulo: Instituto Pólis, 2009.
Veloso, R. O lugar das tecnologias da informação e comunicação no Serviço Social: Serviço Social em tempos ultraneoliberais. Rio de Janeiro: Navegando. 2021.
Vergès, F. Um feminismo decolonial. São Paulo: Ubu, 2020b.
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Argumentum

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Termo de Cessão de Direitos Autorais
Como condição para a submissão, os autores devem concordar com o Termo de Cessão de Direitos Autorais, marcando a caixa de seleção após a leitura das cláusulas.
O(s) autor(es) doravante designado(s) CEDENTE, por meio desta, cede e transfere, de forma gratuita, a propriedade dos direitos autorais relativos à revista Argumentum, do Programa de Pós-graduação em Política Social, Universidade Federal do Espírito Santo - Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras 29075-910, Vitória (Brasil) doravante designada CESSIONÁRIA, nas condições descritas a seguir:
1. O CEDENTE declara que é (são) autor(es) e titular(es) da propriedade dos direitos autorais da OBRA submetida.
2. O CEDENTE declara que a OBRA não infringe direitos autorais e/ou outros direitos de propriedade de terceiros, que a divulgação de imagens (caso as mesmas existam) foi autorizada e que assume integral responsabilidade moral e/ou patrimonial, pelo seu conteúdo, perante terceiros.
3. O CEDENTE cede e transfere todos os direitos autorais relativos à OBRA à CESSIONÁRIA, especialmente os direitos de edição, de publicação, de tradução para outro idioma e de reprodução por qualquer processo ou técnica. A CESSIONÁRIA passa a ser proprietária exclusiva dos direitos referentes à OBRA, sendo vedada qualquer reprodução, total ou parcial, em qualquer outro meio de divulgação, impresso ou eletrônico, sem que haja prévia autorização escrita por parte da CESSIONÁRIA.
4. A cessão é gratuita e, portanto, não haverá qualquer tipo de remuneração pela utilização da OBRA pela CESSIONÁRIA.