Organização sindical dos trabalhadores e trabalhadoras rurais do Espírito Santo: o processo de construção da FETAES
DOI:
https://doi.org/10.18315/argumentum.v3i1.1439Abstract
O presente trabalho remonta a história da formação e consolidação da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo através de entrevistas e análise documental; visa compreender os posicionamentos dessa organização frente às mudanças que vêm ocorrendo no Brasil da década de1960 até a década de 1990. Partindo da premissa que os movimentos camponeses são expressão de uma sociedade capitalista e, no caso do Brasil, de um país capitalista
dependente, a pesquisa bibliográfica identifica: o lugar do Brasil em uma economia capitalista mundializada e como que o desenvolvimento da ordem social competitiva
criou as contradições que deram origem às rebeliões do campo. Analisa o processo de amadurecimento dos movimentos camponeses, principalmente, o surgimento das Ligas Camponesas ligadas a Francisco Julião e a intervenção do Partido Comunista Brasileiro e como a movimentação promovida por essas duas organizações vão criar a base para o surgimento do Movimento sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras
Rurais (MSTTR). Destacamos a intervenção do PCB que vai promover junto com o Partido Trabalhista Brasileiro um grande processo de sindicalização dos trabalhadores
rurais. O MSTTR no inicio da década de 1960 vai chegar ao seu auge com o surgimento da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG). Ao mesmo tempo o
Brasil que estava sendo governado por um presidente que de certa forma se aproximava dos movimentos populares sofre o golpe militar e o movimento sindical passa ser atrelado ao estado, inaugurando assim a fase dos sindicalistas pelegos no
MSTTR. A Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Espírito Santo nasce em meio ao regime militar e até a década de 1980 vai ser hegemonizada pelos pelegos. Na
década de 1970 um novo grupo político passa a ser articulado no MSTTR do Espírito Santo, apoiado por setores progressistas da igreja Católica, esse grupo foi chamado de
oposição sindical e vai, na década de 1980, disputar a hegemonia do MSTTR com os chamados pelegos. Quando esse grupo alcança a hegemonia, a sociedade brasileira passa por profundas mudanças que vão atuar de forma a alterar os posicionamentos da oposição sindical.
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