Enriquecimento químico nos centros em aglomerados e grupos de galáxias com núcleos frios observados com Suzaku

Autores/as

  • Rebeca M. Batalha Université Paris-Saclay e Observatório Nacional https://orcid.org/0000-0002-4949-8351
  • Renato A. Dupke Observatório Nacional
  • Yolanda Jiménez-Teja Instituto de Astrofísica de Andalucía

DOI:

https://doi.org/10.47456/Cad.Astro.v5nEspecial.44962

Palabras clave:

Astrofísica, supernovas, meio intra-aglomerado, meio intragrupo

Resumen

Este estudo investiga a distribuição da fração de massa de Ferro (Fe) proveniente de Supernovas do Tipo II (SNII) em comparação com Supernovas do Tipo Ia (SNIa) em dezoito aglomerados e grupos de galaxias com núcleos frios observados com Suzaku. Utilizando os modelos teóricos de explosões de supernovas mais bem avaliados por [1], calculamos tal fração a partir de oito razões de abundância nas regiões dos núcleos frios e em suas regiões externas. A região interna demonstra uma contribuição menor da fração de massa de Fe de SNII/SNIa em comparação com a região externa. A média ponderada das frações de massa de Fe de SNII/SNIa, derivada das oito razões de abundância medidas, aumenta de 17, 0 ± 0, 2 para 21, 3 ± 0, 6. Esse aumento médio indica que a região interna possui uma fração percentual de massa de Fe proveniente de SNIa maior do que na região externa. Entre os mecanismos de enriquecimento químico em aglomerados e grupos de galaxias, este resultado sugere que a pressão de arraste na região central desses aglomerados de galáxias desempenha um papel crucial no enriquecimento químico dessas regiões, corroborando descobertas anteriores.

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Biografía del autor/a

Rebeca M. Batalha, Université Paris-Saclay e Observatório Nacional

Rebeca M. Batalha (rbatalha.astro@gmail.com) é graduada em Física pela UFRRJ (2016) e mestre e doutora em Astronomia pelo Observatório Nacional (2018 e 2022). Atualmente, ela é pesquisadora pós-doutoral no Département d’Astrophysique no instituto CEA Paris-Saclay, França. Sua pesquisa se concentra na astrofísica de altas energias de aglomerados de galáxias, dedicando-se à investigação do enriquecimento químico desses objetos através dos dados dos observatórios espaciais de raios-X do meio intra-aglomerado (ICM). Ela faz parte da colaboração do CHEXMATE (Cluster HEritage project with XMM-Newton: Mass Assembly and Thermodynamics at the Endpoint of structure formation), que busca obter observações XMM-Newton homogêneas de uma amostra representativa de 118 aglomerados de galáxias para reconstruir a distribuição das principais grandezas termodinâmicas do ICM. Além disso, ela participa do levantamento J-PAS, atuando na seleção bayesiana de grupos fósseis no grupo de aglomerados e lentes. Seu trabalho atual em astrofísica extragaláctica enfatiza estruturas em larga escala, aglomerados e grupos de galáxias, grupos fósseis, enriquecimento de metais e modelos de explosão de supernovas.

Renato A. Dupke, Observatório Nacional

Renato de Alencar Dupke é formado em Astronomia pela Universidade Estatal de Moscou M. V. Lomonossov (1990), possui mestrado em Física e Matemática pela mesma universidade (1993) e doutorado em Astrofísica pela University of Alabama (1998). Atualmente, ele é astrônomo e pesquisador titular afiliado ao Observatório Nacional no Rio de Janeiro, Brasil, e atua também como pesquisador assistente visitante na Universidade de Michigan e na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos. Sua pesquisa foca em astrofísica de altas energias, especialmente nas origens e evolução de aglomerados e grupos de galáxias. Ele é diretor científico da colaboração e investigador principal do levantamento J-PAS (Javalambre Physics of the Accelerating Universe Survey) no Brasil (PAU-BRASIL), um levantamento terrestre destinado a coletar dados espectro-fotométricos de milhões de galáxias para entender melhor a energia escura e a estrutura do universo. Seu trabalho atual na área de astrofísica extragaláctica enfatiza estruturas em larga escala, aglomerados e grupos de galáxias, grupos fósseis, enriquecimento de metais, dinâmica do meio intra-aglomerado, luz intra-aglomerado e modelos de explosão de supernovas.

Yolanda Jiménez-Teja, Instituto de Astrofísica de Andalucía

Yolanda Jiménez-Teja graduou-se em Matemática pela Universidad de Cádiz (2003) e obteve seu doutorado em Física y Matemáticas pela Universidad de Granada (2011). Atualmente, ela é pesquisadora pós-doutoral no Instituto de Astrofísica de Andaluzia em Granada, Espanha, onde recebeu uma prestigiosa bolsa Marie Curie. Dedica-se à astrofísica, com foco particular no estudo da luz intra-aglomerado (ICL) e na dinâmica dos aglomerados de galáxias. Jiménez-Teja contribuiu para várias publicações importantes, incluindo estudos sobre lentes gravitacionais e propriedades de galáxias e aglomerados distantes. Ela tem um histórico notável de pesquisa e colaboração em importantes projetos de astronomia observacional, como a pesquisa de lentes gravitacionais e supernovas com o Hubble (CLASH). Seu trabalho é significativamente relevante para a compreensão das propriedades dos aglomerados de galáxias e a estrutura em larga escala do universo.

Citas

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XRISM Science Team, Science with the X-ray Imaging and Spectroscopy Mission (XRISM), arXiv:2003.04962 (2020).

Publicado

10-07-2024

Cómo citar

[1]
R. M. Batalha, R. A. Dupke, y Y. Jiménez-Teja, «Enriquecimento químico nos centros em aglomerados e grupos de galáxias com núcleos frios observados com Suzaku», Cad. Astro., vol. 5, n.º Especial, pp. 98–107, jul. 2024.

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