Vieira da Cunha e Oswald de Andrade: uma analogia entre o Nacionalismo na Arte e o Manifesto Antropofágico
Resumo
A polêmica e a crise dos valores na arte do início do século XX, relacionado ao questionamento sobre a produção artística da época, considerada atrasada e cópia dos Movimentos da Europa, impulsionaram um grupo de artistas e intelectuais do Brasil a intercederem por uma arte que representasse a nossa cultura e o seu contexto. Este estudo apresentará o artigo “Nacionalismo na Arte” e fará uma análise com o “Manifesto Antropofágico”, obras de dois intelectuais brasileiros do início do século XX, Antônio B. Vieira da Cunha (ES) e Oswald de Andrade (SP), com o objetivo de expor a forma como ambos identificaram a necessidade imediata da renovação da arte, através da atualização estética e linguística, agregando os ícones da nossa cultura. Será averiguada a importância dos atos dos intelectuais da época de Vieira da Cunha para o amadurecimento do Movimento Modernista e a realização da Semana de 22.
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Referências
Tanto que a virada do século XIX para o XX ficou conhecida como um período de predomínio do higienismo e do sanitarismo, em que as autoridades, entre outras coisas, recomendavam a demolição de habitáculos, estimulando a construção de habitações fora do perímetro urbano (SAMPAIO; PEREIRA, 2003, p.167).
“tomados deste sentimento de orgulho e resignação, os intelectuais brasileiros se auto-elegem executores de uma missão: encontrar a identidade nacional, rompendo com um passado de dependência cultural” (VELLOSO, 1993, p 1)
“a escola modernista de Recife de 1870 sob a liderança de Tobias Barreto e tendo nomes como, Silvio Romero, Graça Aranha, Capistrano de Abreu e Euclides da Cunha” (VELLOSO, 2006, p. 354).
[...] humoristas, poetas e romancistas deslocavam-se por confeitarias, livrarias e redações de jornais, formando grupos que podiam reunir nomes de grande prestígio – como Olavo Bilac e Coelho Neto – até nomes de jovens principiantes e recém-chegados [...] (SEVCENKO, 1989, p.66)
“[...] no Brasil percebemos que o internacionalismo será exaltado como recurso para o rompimento com o academicismo passadista, por meio da nova informação que chega de Paris. Atualizar as ideias de estética a partir de modelos europeus recentes, sobretudo na área de Artes Plásticas, surgiu como uma possiblidade de renovação para a arte brasileira [...]” (AMARAL, 1998, p. 23).
“A polêmica exposição de Anita Malfatti, em 1917, antes mesmo da Semana de Arte Moderna, dava mostras do conturbado período pelo qual passaria a nossa cultura. Teria a pintora se tornado a precursora de tais transformações, não fosse pela crítica ferina de Monteiro Lobato à sua arte [...]” (OLIVEIRA (2012, 83).
“[...] teve, no parlamento nacional e nos outros grandes órgãos de publicidade do Brasil e do estrangeiro, a mais simpática e profunda repercussão” (REVISTA CAPICHABA, 1927, p.26).
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