Identidade e gênero na cultura cigana

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/col.v14i24.46334

Palavras-chave:

História, Identidade Cultural

Resumo

Este artigo aborda temas relativos a agrupamentos ciganos localizados no Rio de Janeiro. Valendo-se de procedimentos da História Oral de Vida, buscou-se o a requalificação de valores da cultura cigana rom e calon filtrados por dois personagens icônicos Mio Vacite e Ramona Torres. O exame dessas entrevistas, por sua vez, é caminho para entendimentos das performances de identidade e gênero e da pretensa memória grupal, que nos permite vermos as estratégias de convívio interno e externo, condições que colocam em evidência fatores que afloram de suposta tradição em confronto com a modernidade. As manifestações artísticas são evidenciadas como meios analíticos que, afinal, revelam posicionamentos originais e diversos presentes em espaços culturais complementares.

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Biografia do Autor

Deborah Sathler, UNIGRANRIO

Jornalista, produtora cultural da TVE/TV Cultura com mestrado em Humanidades, Culturas e Artes (UNIGRANRIO), pós-graduada em Gestão de Comunicação e em Docência no Ensino Superior (FAESA).Escritora, produtora executiva de projetos de arte e educação e direitos humanos, pesquisadora de culturas, com ênfase em identidade, gênero e etnia. Docente credenciada em Comunicação e Diversidade Cultural para programas de capacitação da ESESP- Escola de Serviço Público do ES.

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Publicado

30-12-2024

Como Citar

Sathler, D. (2024). Identidade e gênero na cultura cigana. Revista Do Colóquio, 14(24), 198–219. https://doi.org/10.47456/col.v14i24.46334

Edição

Seção

Artigos