Entre vidraça e paisagem: o lugar da arte e do mundo depois da fotografia.
Resumo
A partir da percepção da duplicação do real em imagem, produzida pelo advento das imagens técnicas, o texto procura problematizar o ‘lugar’ da arte como questão central enfrentada inicialmente pelos artistas da land art norte-americana em sua divisão - ou multiplicação - da realidade do trabalho em sua instalação efetiva e seu registro fotográfico. Com a elaboração do par conceitual (dialético) site specific/nonsite e sua percepção acentuada da realidade em aproximação à imagem fotográfica, Robert Smithson aparece como figura central do enfrentamento simultaneamente poético e teórico do problema. Por fim, a análise se detém sobre momentos de emergência do paradigma fotográfico na obra de artistas direta ou indiretamente ligados a land art, e sua oposição dialética à vertente que dava sequência à afirmação da materialidade bruta do trabalho transposta radicalmente para o interior da galeria.
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