Abry (2003): imagens e memórias sobreviventes
Abstract
O presente artigo pretende investigar as principais etapas de realização e alguns desdobramentos do filme Abry, média-metragem dirigido por Joel Pizzini no ano de 2003. O documentário é construído a partir do discurso da mãe do cineasta Glauber Rocha, Lúcia, que, aos 84 anos de idade, interna-se num hospital para fazer exames no coração. Ao receber a notícia sobre o risco de vida que corria ela descreve a sua trajetória e a do Tempo Glauber, instituição criada por ela para reunir e divulgar a obra completa de Glauber Rocha, audiovisual e escrita. Reunindo grande variedade de imagens de arquivo, Abry articula os mecanismos da memória e montagem, criando e recriando documentos históricos, atribuindo–lhes novas percepções e sentidos.
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