O RETORNO DE ARARIBÓIA: DISPUTAS E MIGRAÇÕES NA PAISAGEM
Abstract
Para debatermos o tema “arte, cultura, distrações, antagonismos”, proposto pelo 3º COLARTES, apresentaremos um relato sobre a intervenção “O retorno de Araribóia”1 realizada pelo Coletivo Maruipe para o 8º Salão Bienal do Mar. Nossa abordagem so-bre esta intervenção tem como ponto de partida o “Monumento ao Índio (Araribóia)”, monumento este que dá origem à intervenção do Coletivo Maruípe. Analisar, ao mes-mo tempo, o monumento e a intervenção, desde nossa perspectiva, implica perceber nossas heranças coloniais. Nesse sentido, nosso enfoque se desenvolvera tendo em conta as teorias descoloniais, abordagem de cunho revisionista, estipuladas pelo gru-po Modernidad/Colonialidad.2 Para Walter Mignolo, um dos integrantes do grupo M/C, se o colonialismo é constitutivo do projeto da modernidade, -“sem colonialis-mo não há modernidade”-, logo, - hoje na suposta era “pós-colonial”-, a “expressão comum modernidades globais implica colonialismos globais”, ou seja, segundo esta ótica, todavia vivemos os efeitos da matriz colonial, agora camuflada de globalização cultural-política-econômica. Assim sendo, discorreremos tanto sobre o “Monumento ao Índio (Araribóia)” quanto sobre a intervenção “O retorno de Araribóia” levando em conta estas questões revisionistas e contra-hegemônicas, o que significa negar certos lugares historicamente instituídos na representação do índio.
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