Le compatriote de "Os sertões" dans Dieu et le Diable au Pays du Soleil
reflets de l’esthétique de la violence sur un horizon d’attentes
DOI :
https://doi.org/10.47456/col.v14i23.44181Mots-clés :
Os sertões, beatos e cangaceiros, horizonte de expectativas, Deus e o diabo na terra do sol, estética da violênciaRésumé
La prémisse de ce travail est d'identifier la réception de l'œuvre épique euclidienne, en mettant en évidence l'approche paysanne, basée sur « Os Sertões » (1902), d'Euclide da Cunha, en considérant le concept d'horizon d'attentes tel que présenté par l'esthétique de la réception, par Hans Robert Jauss. La recherche observe l'horizon d'attentes pour le compatriote, également béni et cangaceiro, qui a résulté de la réception d'Os Sertões (1902), et de son renforcement dans les œuvres littéraires et non littéraires ultérieures, jusqu'au milieu du XXe siècle. Cet horizon dessine une esthétique pour les récits (et les personnages) qui adoptent comme thèmes l'arrière-pays, le mysticisme et le cangaço, y compris l'étude sur la faim de Josué de Castro, « Géographie de la faim ». Dans « Dieu et le diable au pays du soleil » (1964), l’horizon évoqué est altéré par l’esthétique de la violence.
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