Para ver e ser vista: o corpo nas fotografias de Francesca Woodman

Autores

  • Marcela Filizola Pós-graduação em Ciência da Literatura — UFRJ/CAPES

Resumo

Este ensaio procura pensar a respeito do corpo da mulher nas fotografias de Francesca Woodman (1958-1981), explorando as tensões encenadas pela artista em torno da noção de subjetividade. Ao trabalhar com imagens no limite da legibilidade, a fotógrafa parece indicar novas possibilidades de reflexão acerca da representação feminina. Assim, em diálogo com leituras de Judith Butler, Virginia Woolf, Ana Bernstein, entre outras, este texto busca considerar a nudez presente no trabalho de Woodman como forma de questionar de que modo os corpos mais precários são olhados, refletindo sobre a não constituição desses corpos e o deslocamento nos modos de ver e de ser visto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcela Filizola, Pós-graduação em Ciência da Literatura — UFRJ/CAPES

Graduou-se em Desenho Industrial (Comunicação Visual) e em Letras com ênfase em Produção Textual na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro em 2009 e 2014, respectivamente. Concluiu o mestrado em Letras - Literatura, Cultura e Contemporaneidade na PUC-Rio em 2016. Em março de 2018, iniciou o doutorado em Ciência da Literatura na UFRJ. Atua principalmente nas áreas de teoria literária e de artes visuais e trabalha com design, revisão e tradução.

Referências

BERNSTEIN, Ana. “Francesca Woodman: fotografia e performatividade”. In: CHIARA, Ana Cristina de Rezende; SANTOS, Marcelo dos; VASCONCELLOS, Eliane (orgs.). Corpos diversos: imagens do corpo nas artes, na literatura e no arquivo. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2015. p. 119-140.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: Quando a vida é passível de luto? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015.

DURAS, Marguerite. O amante. São Paulo: Cosac Naify, 2007.

HARAWAY, Donna. “Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial”. Cad. Pagu [online]. Campinas, 1995, n. 5, p. 7-41.
 Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773. Acesso em 18/07/2018.

IVÁNOVA, Adelaide. “Dar nome aos boys”. Disponível em: https://vodcabarata.blogspot.com/2018/07/dar-nome-aos-boys.html. Acesso em 29/07/2018.

KIFFER, Ana. “Trazos de la experiencia de la desnudez:
del modernismo al contemporáneo brasileños”. Cuadernos de literatura [online]. Bogotá, 2014, v. XVIII, n. 35, p. 119-131. Disponível em: https://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo?codigo=5228296. Acesso em 07/07/2018.

RAYMOND, Claire. Francesca Woodman’s Dark Gaze: 
The Diazotypes and Other Late Works. Londres/Nova York: Routledge, 2016.

RIBEIRO, Anabela Mota. “Ana Luísa Amaral não sabe ser cautelosa”. Jornal Público, 11 dez. 2011. Disponível em: https://www.publico.pt/2011/12/11/jornal/ana-luisa-amaral-nao-sabe-ser-cautelosa-23546482. Acesso em 19/10/2017.

SANZ, Cláudia Linhares; SOUZA, Fabiane da Silva de. “Francesca Woodman e o assombro dos fantasmas modernos”. Revista FronteiraZ [online]. São Paulo, 2018, n. 20, p. 98-114. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/fronteiraz/article/view/36232. Acesso em 26/06/2018.

SONTAG, Susan. Sobre fotografia. Trad: Rubens Figueiredo. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

WOOLF, Virginia. A Room of One’s Own. Kindle Edition. Nova York: Penguin Books, 2004 [1929].

Downloads

Publicado

09-06-2019

Como Citar

Filizola, M. (2019). Para ver e ser vista: o corpo nas fotografias de Francesca Woodman. Revista Do Colóquio, 9(16), 33–41. Recuperado de https://periodicos.ufes.br/colartes/article/view/25228