Caetano José de Sousa

um administrador corrupto na segunda metade do século XVIII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47456/dim.v51i2.42161

Palavras-chave:

Corrupção, Distrito diamantino, real extração dos diamantes

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar a trajetória de Caetano José de Sousa enquanto primeiro caixa-administrador da Real Extração dos Diamantes durante a segunda metade do século XVIII. Nomeado em 1771 após o estabelecimento do monopólio sobre os diamantes, pouco tempo depois o administrador foi afastado do cargo, expulso do Distrito Diamantino e teve seus bens sequestrados pela Coroa em razão de acusações de condutas delituosas durante a sua gestão. A partir do estudo dos discursos e procedimentos relacionados ao caso de Caetano José de Sousa, e tomando-se a história da corrupção como instrumento analítico, discutem-se questões relativas aos interesses particulares no exercício dos cargos administrativos e tópicos voltados ao controle dos oficiais régios pelas autoridades
portuguesas.

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Biografia do Autor

Régis Quintão, Universidade Federal de Minas Gerais

Bacharel e licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (2014). Mestre (2017) e Doutor (2022) em História pela Universidade Federal de Minas Gerais. Integrante do grupo de pesquisa CNPq “Corrupção e Poder no Mundo Ibérico (séculos XVI a XVIII)”. Desenvolve pesquisas na área de história do Brasil colonial, predominantemente sobre Minas Gerais, abastecimento, mineração e administração dos diamantes, cultura material e história da corrupção. Tem experiência na elaboração de inventários de manuscritos históricos e instrumentos de pesquisa.

Thiago Enes, Universidade Federal Fluminense

Doutor em história moderna pela Universidade Federal Fluminense (UFF), com estágio doutoral (Junior Visiting Research Fellowship) no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-ULisboa). É mestre em história moderna pela Universidade Federal Fluminense, além de bacharel e licenciado em história pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Empreende investigações sobre a justiça, o poder e a administração dos impérios ibéricos de Antigo Regime, suas instituições locais e seus modos de governar, com especial enfoque na corrupção engendrada pelos agentes ultramarinos. Integra o grupo de pesquisa Corrupção e Poder no Mundo Ibérico (séculos XVI a XVIII), vinculado à Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e participa do Seminario de Investigación en Historia Moderna de América (SIHMAS), na Universidad Complutense de Madrid (Espanha). Atualmente realiza estágio pós-doutoral no Instituto de História da Universidade Federal Fluminense, e é bolsista do Programa de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ.

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Publicado

17-05-2024

Edição

Seção

Dossiê n.51 (2023/2) - Contaminando o corpo da República: corrupção e práticas ilícitas durante o Antigo Regime