Yo soy genial, pero nací en Argentina
Gênero, nacionalidade e consagração na trajetória de Marta Minujín.
Abstract
Este artigo tem como objetivo investigar como ocorre o processo de consagração artística da artista visual argentina Marta Minujín (Buenos Aires, 1943) a partir dos escritos autobiográficos produzidos por ela entre 1961 e 1963. Nossa hipótese é a de que este processo está atrelado a duas especificidades: a primeira delas refere-se a estadias em Paris e que possibilitaram a ela integrar uma rede internacional de sociabilidade artística. A segunda diz respeito a sua associação com instituições privadas de arte na Argentina, o que garantiu a Minujín amparo material e simbólico para realizar mostras e happenings de grandes proporções, além de contar, quase que imediatamente, com a elaboração da crítica de arte especializada produzida pelos diretores destes institutos, Jorge Glusberg e Jorge Romero Brest. Assim, este trabalho tem como propósito refletir a respeito da consagração artística de Minujín, considerando as especificidades socioculturais de seu país de origem e, sobretudo, como a artista foi capaz de driblar os obstáculos e amarras impostos a ela por ser mulher e latino-americana para o reconhecimento internacional.
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