Limites dos Sistemas Liberais Frente ao Crescimento de Lideranças Políticas Extremistas no Início do Século XXI
DOI:
https://doi.org/10.47456/dim.v1i47.37311Resumen
O início do século XXI tem sido marcado pela ascensão de governos com colorações autoritárias em vários países ocidentais, do leste Europeu às Américas. Partimos de uma análise da hipótese central da obra “Como as Democracias Morrem”, de Levitsky e Ziblatt (2018), que ao testemunhar a chegada ao poder de Donald Trump, um outsider na política tradicional norte-americana, apontam a necessidade de reforçar os filtros partidários para impedir as candidaturas com graus variados de conteúdos fascistóides, autoritários e demagógicos, em seu nascedouro, para refletir sobre a incapacidade de as instituições da democracia liberal compreender e atender as demandas de seus cidadãos, contribuindo para o florescimento de sentimentos de insatisfação generalizada, da ampliação do fosso da desigualdade social e da sensação de expectadores de um processo para o qual os cidadãos não tem participação. Buscamos demonstrar que a receita de aprofundamento dos mecanismos de controle institucional da democracia liberal não é a resposta neste momento de “crise dos mapas ideológicos”.
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