Agências internacionais de notícias, telegramas e política: expedientes e práticas dos jornais brasileiros no alvorecer da Guerra Fria
DOI:
https://doi.org/10.23871/dimensoes-n41-18313Resumo
Este artigo está inscrito na fronteira entre as áreas de história e comunicação. Nossa pretensão é apresentar alguns dados sobre a história das agências internacionais de notícias para, em seguida, refletir sobre aspectos do trabalho efetuado por jornais brasileiros com os telegramas utilizados para a produção do noticiário internacional sem, contudo, desconsiderar interesses econômicos e políticos nos momentos iniciais da Guerra Fria. Além da bibliografia consultada, utilizamos como fontes os jornais O Estado de S. Paulo, Folha da Manhã, Jornal do Brasil, Correio de Manhã, Tribuna Popular, Hoje e Voz Operária, bem como a revista Publicidade e Negócios e o Boletim da Associação Brasileira de Imprensa.
Downloads
Não há dados estatísticos.
Referências
AGUIAR, Pedro. Por uma história do jornalismo internacional no Brasil. Anais do VI Encontro Nacional de História da Mídia. 2008 (CD-Rom). Niterói: Rede Alfredo de Carvalho, 2008.
AGUIAR, Pedro. Notas para uma história do jornalismo de agências. Anais do VII Encontro Nacional de História da Mídia. 2009. Fortaleza: Rede Alfredo de Carvalho, 2009. Disponível em: <http://memoriadojornalismo.com.br/upload/imagem_ 0140603052729.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2015.
ANTUNES, Rafael Henrique. Pra não dizer que não se falou de flores: a repercussão da Revolução dos Cravos na imprensa brasileira, 1974-1976. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2013.
BANDEIRA, Moniz. Presença dos Estados Unidos no Brasil: dois séculos de história. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
BARBOSA, Marialva. História cultural da imprensa: Brasil (1900-2000). Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
BERGER, Christa. Do jornalismo: toda notícia que couber, o leitor apreciar e o anunciante aprovar, a gente publica. In: PORTO, Sérgio Dayrell; MOUILLAUD, Maurice. O jornal: da forma ao sentido. 2. ed. Brasília: Editora da UnB, 2002. p. 273-284.
BIAGI, Orivaldo. O imaginário e as guerras da imprensa: estudo das coberturas realizadas pela imprensa brasileira da Guerra da Coreia (1950-1953) e da Guerra do Vietnã na sua chamada “fase americana” (1964-1973). Tese. (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
CATTAI, Júlio Barnez P. O estandarte silencioso: a United States Information Agency na mídia impressa do Brasil – Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, 1953-1964. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
DE LUCA, Tânia Regina. A revista do Brasil: um diagnóstico para a (N)ação. São Paulo. Editora Unesp, 1999.
GARAMBONE, Sidney. A primeira Guerra Mundial e a imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
GOYZUETA, Verônica; OGIER, Thierry. Guerra e imprensa: um olhar crítico da cobertura da Guerra do Iraque. São Paulo: Summus, 2003.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
JEANNENEY, Jean-Noel. Uma história da comunicação social. Lisboa: Terramar, 1996.
JOBIM, Danton. Espírito do jornalismo. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1960.
LEFFLER, Melvyn P.; PAINTER, David S. Origins of the Cold War: an international history. New York: Routledge, 2005.
MARTINS, Ana Luiza; DE LUCA, Tânia Regina. História da imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008.
MOREIRA, Sônia Virgínia. O mundo pelas agências de notícias. Comunicação e Educação, n. 5, p. 23-26, jan./abr. 1996.
MOTA, Carlos Guilherme; CAPELATO, Maria Helena. História da Folha de S. Paulo (1921-1981). São Paulo: Immpress, 1980.
MOURA, Gerson. Tio Sam chega ao Brasil: a penetração cultural norte-americana. São Paulo: Brasiliense, 1984.
_____. Sucessos e ilusões: relações internacionais do Brasil durante e após a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.
MUNHOZ, Sidnei. Guerra Fria: um debate interpretativo. In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira. O século sombrio: uma história geral do século XX. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004. p. 261-281.
NATALI, João Batista. Jornalismo internacional. São Paulo: Contexto, 2004.
PRADO, Maria Lígia Coelho. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX. In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta, a experiência brasileira: a grande transação. São Paulo: Senac, 2000. p. 321-347.
PERES, Andréa Carolina Schvartz. Enviado especial à...: uma análise antropológica da cobertura da imprensa brasileira das guerras da ex–Iugoslávia (anos 90). Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
RIBEIRO, Ana Paula Goulart. Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos 1950. Rio de Janeiro: E-Papers, 2007.
RIBEIRO, Jayme Fernandes. Os “combatentes da paz”: a participação dos comunistas brasileiros na Campanha Pela Proibição das Armas Atômicas (1950). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2003.
RIBEIRO, Jorge Cláudio. Sempre alerta: condições e contradições do trabalho jornalístico. São Paulo: Brasiliense, 1994.
RIBEIRO, Lavina Madeira. A institucionalização do jornalismo no Brasil: 1808-1964. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.
REICHEL, Heloisa Jochims. O “perigo vermelho” na América Latina e a grande imprensa durante os primeiros anos da Guerra Fria (1947-1955). Diálogos, v. 8. n. 1, p. 189-208, 2004.
ROSSI, Clovis. O que é jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1980.
SANTOS, Rodolfo Gauthier Cardoso dos. A invenção dos discos voadores: Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958). Dissertação (Mestrado em História) –Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
SILVA, Igor Marx Freire Ferreira Lima e. Enquadramentos de guerra: a cobertura do recente conflito no Iraque em dois jornais brasileiros. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
SMITH, Joseph. The Cold War (1945-1965). New York: Basil Blackwell, 1989.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. São Paulo: Civilização Brasileira, 1966.
SOMAVIA, Juan. A estrutura transnacional de poder e a informação internacional. In: WERTHEIN, Jorge (org.). Meios de comunicação: realidade e mito. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979. p. 129-146.
SOTANA, Edvaldo Correa. A paz sob suspeita: representações jornalísticas sobre
a manutenção da paz mundial (1945-1953). Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2010.
SOUTO, Fhoutine Marie Reis. Depois da queda das torres: a cobertura jornalística do 11 de Setembro nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Ponto-e-Vírgula, n. 5, p. 230-235, 2009.
TOTA, Antonio Pedro. O imperialismo sedutor: a americanização do Brasil na época da segunda Guerra. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
VALIM, Alexandre Busko. Imagens vigiadas: uma história social do cinema no
alvorecer da Guerra Fria (1945-1954). Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.
______. O Triunfo da Persuasão: Brasil, Estados Unidos e o Cinema da Política de Boa Vizinhança durante a II Guerra Mundial. São Paulo: Alameda, 2017.
VIZENTINI, Paulo G. Fagundes. A Guerra Fria. In: REIS FILHOS, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. O século XX: o tempo das crises (revoluções, fascismos e guerras). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 195-223.
______. A Guerra Fria: o desafio socialista à ordem americana. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.
AGUIAR, Pedro. Notas para uma história do jornalismo de agências. Anais do VII Encontro Nacional de História da Mídia. 2009. Fortaleza: Rede Alfredo de Carvalho, 2009. Disponível em: <http://memoriadojornalismo.com.br/upload/imagem_ 0140603052729.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2015.
ANTUNES, Rafael Henrique. Pra não dizer que não se falou de flores: a repercussão da Revolução dos Cravos na imprensa brasileira, 1974-1976. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2013.
BANDEIRA, Moniz. Presença dos Estados Unidos no Brasil: dois séculos de história. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
BARBOSA, Marialva. História cultural da imprensa: Brasil (1900-2000). Rio de Janeiro: Mauad, 2007.
BERGER, Christa. Do jornalismo: toda notícia que couber, o leitor apreciar e o anunciante aprovar, a gente publica. In: PORTO, Sérgio Dayrell; MOUILLAUD, Maurice. O jornal: da forma ao sentido. 2. ed. Brasília: Editora da UnB, 2002. p. 273-284.
BIAGI, Orivaldo. O imaginário e as guerras da imprensa: estudo das coberturas realizadas pela imprensa brasileira da Guerra da Coreia (1950-1953) e da Guerra do Vietnã na sua chamada “fase americana” (1964-1973). Tese. (Doutorado em História) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
BOURDIEU, Pierre. Sobre a televisão. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1997.
CATTAI, Júlio Barnez P. O estandarte silencioso: a United States Information Agency na mídia impressa do Brasil – Correio da Manhã e Tribuna da Imprensa, 1953-1964. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2011.
DE LUCA, Tânia Regina. A revista do Brasil: um diagnóstico para a (N)ação. São Paulo. Editora Unesp, 1999.
GARAMBONE, Sidney. A primeira Guerra Mundial e a imprensa brasileira. Rio de Janeiro: Mauad, 2003.
GOYZUETA, Verônica; OGIER, Thierry. Guerra e imprensa: um olhar crítico da cobertura da Guerra do Iraque. São Paulo: Summus, 2003.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos: o breve século XX 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
JEANNENEY, Jean-Noel. Uma história da comunicação social. Lisboa: Terramar, 1996.
JOBIM, Danton. Espírito do jornalismo. Rio de Janeiro: Livraria São José, 1960.
LEFFLER, Melvyn P.; PAINTER, David S. Origins of the Cold War: an international history. New York: Routledge, 2005.
MARTINS, Ana Luiza; DE LUCA, Tânia Regina. História da imprensa no Brasil. São Paulo: Contexto, 2008.
MOREIRA, Sônia Virgínia. O mundo pelas agências de notícias. Comunicação e Educação, n. 5, p. 23-26, jan./abr. 1996.
MOTA, Carlos Guilherme; CAPELATO, Maria Helena. História da Folha de S. Paulo (1921-1981). São Paulo: Immpress, 1980.
MOURA, Gerson. Tio Sam chega ao Brasil: a penetração cultural norte-americana. São Paulo: Brasiliense, 1984.
_____. Sucessos e ilusões: relações internacionais do Brasil durante e após a Segunda Guerra Mundial. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1991.
MUNHOZ, Sidnei. Guerra Fria: um debate interpretativo. In: SILVA, Francisco Carlos Teixeira. O século sombrio: uma história geral do século XX. Rio de Janeiro: Elsevier/Campus, 2004. p. 261-281.
NATALI, João Batista. Jornalismo internacional. São Paulo: Contexto, 2004.
PRADO, Maria Lígia Coelho. Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no século XX. In: MOTA, Carlos Guilherme (org.). Viagem incompleta, a experiência brasileira: a grande transação. São Paulo: Senac, 2000. p. 321-347.
PERES, Andréa Carolina Schvartz. Enviado especial à...: uma análise antropológica da cobertura da imprensa brasileira das guerras da ex–Iugoslávia (anos 90). Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.
RIBEIRO, Ana Paula Goulart. Imprensa e história no Rio de Janeiro dos anos 1950. Rio de Janeiro: E-Papers, 2007.
RIBEIRO, Jayme Fernandes. Os “combatentes da paz”: a participação dos comunistas brasileiros na Campanha Pela Proibição das Armas Atômicas (1950). Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2003.
RIBEIRO, Jorge Cláudio. Sempre alerta: condições e contradições do trabalho jornalístico. São Paulo: Brasiliense, 1994.
RIBEIRO, Lavina Madeira. A institucionalização do jornalismo no Brasil: 1808-1964. Tese (Doutorado em Ciências Sociais) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.
REICHEL, Heloisa Jochims. O “perigo vermelho” na América Latina e a grande imprensa durante os primeiros anos da Guerra Fria (1947-1955). Diálogos, v. 8. n. 1, p. 189-208, 2004.
ROSSI, Clovis. O que é jornalismo. São Paulo: Brasiliense, 1980.
SANTOS, Rodolfo Gauthier Cardoso dos. A invenção dos discos voadores: Guerra Fria, imprensa e ciência no Brasil (1947-1958). Dissertação (Mestrado em História) –Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.
SILVA, Igor Marx Freire Ferreira Lima e. Enquadramentos de guerra: a cobertura do recente conflito no Iraque em dois jornais brasileiros. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Universidade de Brasília, Brasília, 2006.
SMITH, Joseph. The Cold War (1945-1965). New York: Basil Blackwell, 1989.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da imprensa no Brasil. São Paulo: Civilização Brasileira, 1966.
SOMAVIA, Juan. A estrutura transnacional de poder e a informação internacional. In: WERTHEIN, Jorge (org.). Meios de comunicação: realidade e mito. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1979. p. 129-146.
SOTANA, Edvaldo Correa. A paz sob suspeita: representações jornalísticas sobre
a manutenção da paz mundial (1945-1953). Tese (Doutorado em História) – Universidade Estadual Paulista, Assis, 2010.
SOUTO, Fhoutine Marie Reis. Depois da queda das torres: a cobertura jornalística do 11 de Setembro nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo. Ponto-e-Vírgula, n. 5, p. 230-235, 2009.
TOTA, Antonio Pedro. O imperialismo sedutor: a americanização do Brasil na época da segunda Guerra. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
VALIM, Alexandre Busko. Imagens vigiadas: uma história social do cinema no
alvorecer da Guerra Fria (1945-1954). Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2006.
______. O Triunfo da Persuasão: Brasil, Estados Unidos e o Cinema da Política de Boa Vizinhança durante a II Guerra Mundial. São Paulo: Alameda, 2017.
VIZENTINI, Paulo G. Fagundes. A Guerra Fria. In: REIS FILHOS, Daniel Aarão; FERREIRA, Jorge; ZENHA, Celeste. O século XX: o tempo das crises (revoluções, fascismos e guerras). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000. p. 195-223.
______. A Guerra Fria: o desafio socialista à ordem americana. Porto Alegre: Leitura XXI, 2004.
Downloads
Publicado
27-12-2018
Edição
Seção
Artigos
Licença
Os autores mantém os direitos autorais das ideias contidas nos trabalhos e concedem à revista o direito de publicação. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os textos da revista estão licenciados com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional (CC BY-NC-ND).
