Análise orçamentária da política pública de ciência, tecnologia e inovação como meio de avaliar sua efetividade: o caso do estado do Espírito Santo no período 2012 – 2015

Autores

  • Felipe Salles Universidade Federal do Espírito Santo
  • Robson Grassi

DOI:

https://doi.org/10.7147/GEO27.19010

Palavras-chave:

Orçamento, Ciência, tecnologia e inovação, Economia Capixaba, Espírito Santo, Brasil

Resumo

O artigo avalia a política pública de Ciência, Tecnologia e Inovação (C,T&I) do Governo do Estado Espírito Santo, no período 2012 – 2015, por meio da análise da elaboração e execução orçamentária, a partir de dados do Plano Plurianual (PPA) do referido período. A partir de análise teórica e metodológica a respeito de indicadores de C,T&I e de componentes do orçamento público, o desempenho financeiro dos programas e ações estaduais de C,T&I é avaliado de forma a identificar os eixos prioritários de atuação da política pública e sua execução em termos orçamentários. Mostra-se que gastos substanciais no período foram realizados com ações voltadas para as áreas de trabalho e educação profissional, que revelam falta de foco da política, além de evidenciarem a forte desproporção do volume de recursos destinados à pesquisa científica em detrimento do setor produtivo, fatos que mostram a necessidade de correções de rumo a respeito de como funciona um maduro sistema de C,T&I. Isso significa que a análise detalhada da elaboração e da execução orçamentárias, além de se revelarem importante fonte de dados sobre as políticas públicas de C,T&I, são requisitos fundamentais para o aprimoramento da política para as referidas áreas, pois permitem um maior refinamento tanto no planejamento como na execução de tal política. O Espírito Santo, apesar do esforço dos últimos governos, ainda apresenta indicadores de C,T&I que evidenciam grande atraso relativo frente aos Estados mais desenvolvidos. Assim, conclui-se que, para a elaboração de uma autêntica Política de Estado para as áreas de C,T&I, além do aporte de maior volume de recursos, é necessário um mínimo de planejamento estratégico e ativa coordenação governamental para as referidas áreas, e a análise da elaboração e execução orçamentárias deve ser parte integrante deste processo.

 

 

 

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Biografia do Autor

Felipe Salles, Universidade Federal do Espírito Santo

Professor do Depto. e do Mestrado em Economia da  Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Robson Grassi

Mestre em Economia pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e Economista da Secretaria de Planejamento do Governo do Estado do Espírito Santo.

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Publicado

28-11-2018

Como Citar

SALLES, Felipe; GRASSI, Robson. Análise orçamentária da política pública de ciência, tecnologia e inovação como meio de avaliar sua efetividade: o caso do estado do Espírito Santo no período 2012 – 2015 . Geografares, Vitória, Brasil, n. 27, p. 173–200, 2018. DOI: 10.7147/GEO27.19010. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/19010. Acesso em: 12 nov. 2024.

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