Decolonizing the representations about colonization: geographic reflections

Authors

DOI:

https://doi.org/10.7147/geo.v1i31.29141

Keywords:

colonization, representations, power relationships

Abstract

Most representations about the process of spatial expansion of capitalism over the spatial cuts that today constitute what we know as Brazil and Latin America, through the advance of colonization, perpetuates what some authors have been calling ideology of demographic voids, which would be the tendency to represent these spaces before their appropriation and incorporation into the capitalist world system as desert areas, without human beings, thus concealing the violence inherent in it. Despite the advances in Contemporary Social Theory, this type of timespace representation has still been reproduced and perpetuated in many historiographic and academic works from different areas of knowledge. The following article presents reflections on this phenomenon, developed with fulcrum in studies on the spatial profile that today constitutes the State of Espírito Santo, in order to understand the theoretical vices that corroborate the perpetuation of this type of representation.

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Author Biography

Jaime Bernardo Neto, INCRA - Insituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária

Licenciado, Bacharel e Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Doutor em Geografia pela Universidade Federal Fluminense. Professor do Campus Nova Venécia do Instituto Federal do Espírito Santo (IFES), atuando no ensino, pesquisa e extensão relacionados à Geografia Humana e Ensino de Geografia. Sua produção concentra-se nas áreas de Geografia Urbana, Geografia Agrária (formação do espaço agrário capixaba e conflitos no campo), Geografia Política (espaço, processos identitários e relações de poder) e Ensino de Geografia (currículo, representações do espaço, processos identitários e relações de poder).

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Published

17-12-2020

How to Cite

NETO, Jaime Bernardo. Decolonizing the representations about colonization: geographic reflections. Geografares, Vitória, Brasil, n. 31, p. 114–143, 2020. DOI: 10.7147/geo.v1i31.29141. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/geografares/article/view/29141. Acesso em: 16 aug. 2024.