Des mouvements d’occupations de lycées dans l'état de São Paulo (2015-2016) au protagonisme des jeunes : néolibéralisme, gestion-guerre et travail politique
DOI :
https://doi.org/10.47456/geo.v2i35.39228Mots-clés :
néolibéralisme, travail politique, occupationRésumé
Cet article cherche à analyser le déroulement des occupations des établissement d’enseignement par des lycéens de São Paulo en 2015, depuis l’éclosion de la première vague – plus précisément les stratégies et les élaborations que le mouvement a créées face à celles de l’État en coopération avec les autres acteurs sociaux – jusqu’à sa fin après la seconde vague du mouvement en 2016, lorsqu’il a été réabsorbé par le discours du protagonisme des jeunes. Cette analyse est basée sur la compréhension du mouvement des lycéens en tant que travail politique et de la reconnaissance des savoirs que ce dernier produit, ce qui a permis de tracer la manière dont les changements en cours de la fonction de l’école publique renvoyaient à un changement structurel de gestion entrepreneuriale dans un discours partagé entre les ONG, les académiciens, l’État et les organisations internationales depuis la fin des années 1990 dans les pays d’Amérique latine. Néanmoins, la consolidation de ce projet a été seulement possible au moyen d’une tactique et stratégie de guerre quotidienne qui remonte à une expérience plus ancienne de reproduction sociale (et sa forme de négation) comme l’ont compris les lycéens.
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