Potencial toxicológico e uso indiscriminado de antiparasitários em tempos de pandemia do SARS-CoV-2: Uma revisão narrativa
Toxicological potencial and indiscriminate use of antiparasitics at SARS-CoV-2 pandemic times: A narrative review
DOI:
https://doi.org/10.47456/hb.v3i2.38057Palabras clave:
Cloroquina, Hidroxicloroquina, Ivermectina, Nitazoxanida, COVID-19Resumen
A COVID-19 refere-se a uma síndrome respiratória causada pelo SARS-CoV-2. Este coronavírus é altamente infectocontagioso e proporciou a declaração de pandemia pela Organização Mundial de Saúde. A infecção causada pelo vírus é caracterizada como uma doença emergente e que levou a população a recorrer a farmacoterapias ineficazes e arriscadas. Neste estudo é apresentada uma revisão narrativa com uma análise sobre mecanismos de ação e efeitos tóxicos de antiparasitários utilizados no combate ao SARS-CoV-2: cloroquina, hidroxicloroquina, ivermectina e nitazoxanida e, a relação com o uso irracional destes fármacos. Assim, foi utilizado como recurso de pesquisa: SciELO, LILACS, PubMed, Google acadêmico entre os meses de junho de 2021 a março de 2022; tendo como descritores: “COVID-19”, “coronavirus”, “off-label”, “adverse effects”, “antiparasitic”, “ivermectin”, “chloroquine”, “hydroxychloroquine”, “nitazoxanide”, “overdose”, “self-medication”, “toxicology”. Na análise foi identificado que estes fármacos têm mecanismos de ação e finalidade terapêutica já consolidada, sendo seguros nas doses e destinação prevista em bula; entretanto, o seu uso inadequado pode ocasionar cardiotoxicidade, ototoxicidade e hepatotoxicidade e, quando associados, podem desencadear interações medicamentosas potencialmente tóxicas. Inicialmente, a estratégia de utilizar estes antiparasitários foi importante e promissora dentro da busca urgente por fármacos para tratamentos e profilaxia de uma doença recém-descoberta. Porém, a literatura técnica disponível não evidencia consistência científica quanto ao uso seguro destas drogas para a COVID-19. Mesmo contrário à ciência, em 2020 foi identificado uso indiscriminado destes medicamentos, relacionado à demasiada prática de automedicação e de prescrição off label realizada de forma equivocada, indicando um grave problema na saúde pública brasileira.
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