O SURGIMENTO DA MEDICINA SOCIAL

UMA ANÁLISE DOS AUTORES SOBRE A MEDICINA DE ESTADO, A MEDICINA URBANA E A MEDICINA DA FORÇA DE TRABALHO APRESENTADA POR FOUCAULT

Auteurs

  • Gladys Nogueira Cabral MUST University
  • Pilar Cordeiro Guimarães Paschoal Universidade do Estado do Rio de Janeiro
  • Samira Borges Ferreira Universidade Federal de Goiás
  • Marttem Costa de Santana Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Lívia Barbosa Pacheco Souza Universidade Federal da Bahia
  • Marcella Suarez Di Santo Universidade de Brasília
  • Sérgio Luís Camillo de Lelles Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Alcione Santos de Souza Universidade do Estado do Pará

DOI :

https://doi.org/10.55470/relaec.39635

Mots-clés :

Foucault, Surgimento da medicina social, Medicina de estado, Medicina urbana, Medicina da força de trabalho

Résumé

Este artigo busca analisar como se deu o surgimento da Medicina Social a partir da visão dos autores sobre as fases apresentadas por Michel Foucault acerca do conceito de Medicina Social. A partir disso, Foucault (1984b) trouxe dados sobre a Medicina de Estado, a qual se preocupou com a organização do Estado, observando o desenvolvimento da prática médica; já a Medicina Urbana se preocupou em aumentar a população sem observar a saúde; quanto a Medicina da Força de Trabalho buscou o controle da saúde do corpo dos mais pobres para que pudessem trabalhar e não contaminassem a classe mais rica da sociedade. A pesquisa, então, mostra uma estruturação da sociedade, a interferência da medicina na sua organização política e social, uma vez que essa medicina acaba exercendo poder de normalização dos corpos e das condutas sociais por meio de seu discurso tomado como verdade. Assim, ao falar de medicina social, Foucault mostra o corpo como realidade biopolítica e a medicina como estratégia biopolítica para manipular o corpo. A Medicina Social sempre existiu, mas com uma crise na prática social da medicina e no exercício da profissão médica. A pesquisa adota uma metodologia de estudo bibliográfica.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de saneamento. 3. ed. rev. Brasília: FUNASA, 2006. Disponível em: https://www.academia.edu/12243303/FUNASA_MANUAL_SANEAMENTO_original. Acesso em: 8 de jul. 2022.

DELEUZE, Gilles. Foucault. 5. Ed. São Paulo: Brasiliense, 2005. Disponível em: https://conexoesclinicas.com.br/wp-content/uploads/2015/12/DELEUZE-G.-Foucault1.pdf. Acesso em: 9 de jul. 2022.

FREITAS, Felipe Sampaio de. A Perspectiva Biopolítica da Medicina Social: SUS, PSF, Neoliberalismo e Pandemia. Marília: SP- Kínesis - Revista de Estudos dos Pós-Graduandos em Filosofia, Vol. XII, n° 31, julho de 2020, p.186-213. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/kinesis/article/view/10622. Acesso em: 7 de jul. 2022.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: história da violência nas prisões. 20. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1999

FOUCAULT, Michel. A política da saúde no século XVIII. In: Machado Roberto, (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal; 1984a. p. 193-208.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder. Organização e tradução de Roberto Machado. São Paulo:Graal, 1984.

FOUCAULT, Michel. Confession of the Flesh: Recherches sur lê Systeme Pénitentiaire ao XIX Siècle. Paris: Éd. Du Seuil, 1980, p. 199.

FOUCAULT, Michel. O nascimento do hospital. In: Machado Roberto, (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal; 1984b. p. 99-111.

FOUCAULT, Michel. O nascimento da medicina social. In: MACHADO, Roberto. (Org.). Microfísica do poder. São Paulo: Graal; 1984b.

FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade I: a Vontade de Saber (1976). Rio de Janeiro: Graal, 1988. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/1226/foucault_historiadasexualidade.pdf. Acesso em: 29 de jun. 2022.

G1. Metade da população mundial não tem acesso a serviços essenciais de saúde, dizem OMS e Banco Mundial. 13 dez. 2017. Disponível em: https://g1.globo.com/bemestar/noticia/metade-da-populacao-mundial-nao-tem-acesso-a-servicos-essenciais-de-saude-diz-oms-e-banco-mundial.ghtml. Acesso em: 12 de jul. 2022.

LUZ, Madel Therezinha. Natural, racional, social: razão médica e racionalidade científica moderna. [recurso eletrônico] / Madel Luz; editor: Rodrigo Murtinho. – Rio de Janeiro: Fiocruz: Edições Livres, 2019. 184 p. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/36799/2/Natural-Racional-Social.pdf. Acesso em: 29 de jun. 2022.

RABINOW, Paul; ROSE, Nikolas. O conceito de biopoder hoje. Polit Trab Rev Cienc Soc. 2006; 24:27-57. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/politicaetrabalho/article/view/6600/4156. Acesso em: 05 de jul. 2022.

ZORZANELLI, Teixeira Rafaela; CRUZ, Galvão Amâncio. Murilo. O conceito de medicalização em Michel Foucault na década de 1970 - Revista – ARTIGOS. Interface 22 (66) • Jul-Sept 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/icse/a/nmQnN5Q5RpqPWrDj5vHjwCf/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 05 de jul. 2022.

Téléchargements

Publiée

05-12-2022