Análise de risco do sistema de regeneração de MEG em unidades FPSO: aplicação do método Bowtie

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21712/lajer.2025.v12.n4.p1-12

Palavras-chave:

Acidentes, petróleo e gás, riscos, segurança

Resumo

O petróleo e o gás natural são as principais fontes de energia utilizadas no mundo, sendo essenciais para transporte, geração de eletricidade e aquecimento. A produção offshore tem se expandido ao longo das décadas, impulsionada pela busca por novas reservas e avanços tecnológicos. Nesse contexto, as plataformas do tipo FPSO (Floating Production Storage and Offloading) desempenham um papel fundamental, permitindo a extração, processamento e armazenamento de petróleo e gás em áreas afastadas da costa. Um dos desafios operacionais nessas unidades é a formação de hidratos, que podem bloquear as linhas de produção. Para evitar esse problema, utiliza-se o Monoetileno Glicol (MEG), um agente que reduz a formação dessas estruturas e pode ser regenerado e reutilizado, tornando o processo mais eficiente. O sistema de regeneração do MEG envolve sua separação da água e de impurezas em uma coluna de destilação, garantindo sua reutilização no ciclo produtivo. A segurança nas operações offshore é essencial, pois as atividades envolvem riscos significativos devido às condições extremas e à presença de substâncias inflamáveis. Este estudo aplicou a metodologia Bowtie para analisar os riscos no módulo de regeneração de MEG em uma unidade FPSO, identificando ameaças, barreiras de prevenção e mitigação, bem como os impactos de falhas no sistema. A análise demonstrou que problemas na regeneração do MEG podem comprometer a operação da plataforma, resultando em riscos ambientais, econômicos e de segurança. A adoção de estratégias integradas de gestão de risco, combinando o método Bowtie com outras abordagens, como HAZOP, fortalece a segurança operacional e contribui para a eficiência das operações offshore.

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Biografia do Autor

  • Yvan Jesus Olortiga Asencios , Universidade Federal de São Paulo

    Realizou um Pós-Doutorado em Físico-Química na Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Também realizou estágios de Pós-Doutorado no Instituto de Tecnologia Química da Gottfried Wilhelm Leibniz Universität Hannover, Alemanha, e no Instituto de Química de Materiais da Technischen Universität Wien (Universidade Técnica de Viena), Áustria. Doutor em Química pela Universidade de São Paulo, USP, (ênfase em Físico-Química); e Mestre em Química pela Pontifícia Universidad Católica del Perú, PUCP, e fez uma Especialização em Engenharia de Combustíveis na mesma universidade. É engenheiro Químico pela Universidad Nacional José Faustino Sanchez Carrión, (UNJFSC), Lima/Perú (Diploma Revalidado pela Universidade Federal de São Carlos, UFSCar). É pesquisador na área de Catálise Heterogênea para produção de Combustíveis Renováveis e Materiais Avançados para aplicações ambientais. Chefe do Laboratório de Catálise e Química Sustentável da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP, BS). Coordenou Projetos FAPESP e CNPq. Desempenha o cargo de Professor Adjunto C4 na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) (atua na Graduação no Campus Baixada Santista e na Pós-Graduação (Mestrado/Doutorado) em Análise Ambiental Integrada da UNIFESP, Diadema, SP). Também é Professor e Pesquisador Colaborador do Programa de Pós-graduação (Mestrado/Doutorado) em Ciência e Tecnologia Química na Universidade Federal do ABC (UFABC), Santo André-SP. Desde 2023 é membro da Comissão Técnica de Energia do Conselho Regional de Química - Região IV (CRQ-IV-SP). É Editor Chefe da Journal of Science Sustainable Engineering (ISSN 2965-4505).

  • Luiza Helena da Silva Martins, Universidade Federal Rural da Amazônia

    Professora Adjunta C 601 do Instituto da Saúde e Produção Animal da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), atuando nos cursos de Ciência e Tecnologia de Alimentos, Agronomia e Zootecnia. Possui Pós-doutorado em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFPA, com pesquisas voltadas à valorização de resíduos de biomassas amazônicas. É Doutora em Engenharia Química pela UNICAMP (DDPP), com foco em tratamentos de biomassas lignocelulósicas, Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela UFPA e graduada em Tecnologia de Alimentos (UEPA) e Sistemas de Informação (Estácio). Desenvolve pesquisas sobre compostos bioativos , incluindo compostos fenólicos, flavonoides, antioxidantes e peptídeos, com ênfase em insumos amazônicos provenientes da meliponicultura e de resíduos da agroindústria, visando ao seu aproveitamento na produção de insumos para a química fina. Atua também em processos fermentativos e enzimáticos voltados à obtenção de ácidos orgânicos e outros compostos de interesse. Trabalha com otimização de processos por meio de planejamento de experimentos (DOE), além de aplicar ciência de dados, redes neurais artificiais e modelagem matemática em seus estudos, utilizando RStudio, Statistica, Python e WEKA como principais ferramentas de análise, modelagem e classificação de dados.

  • Andrea Komesu, Universidade Federal de São Paulo

    Atualmente é professora adjunta C na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), Câmpus Baixada Santista (desde 2017). É docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Bioprodutos e Bioprocessos da UNIFESP, atuando com parceiros internacionais na Índia. Possui graduação em Engenharia Química pela Universidade Federal de São Carlos (2010) e doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2015). Possui pós-doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (2017).Tem experiência na área de Engenharia de Processos Químicos, atuando principalmente nos seguintes temas: fermentação para produção de biocombustíveis e químicos de valor agregado, aproveitamento de resíduos agroindustriais, processos de separação convencionais e não convencionais de purificação de bioprodutos e simulação computacional de processos.

Referências

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Publicado

24-12-2025

Edição

Seção

Petróleo e Gás Natural

Como Citar

Olortiga Asencios , Y.J., da Silva Martins, L.H. e Komesu, A. (2025) “Análise de risco do sistema de regeneração de MEG em unidades FPSO: aplicação do método Bowtie”, Latin American Journal of Energy Research, 12(4), p. 1–12. doi:10.21712/lajer.2025.v12.n4.p1-12.

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