A DESIGNAÇÃO DOS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS NA CIDADE FRONTEIRIÇA DE URUGUAIANA: INTERFACE PORTUGUÊS E ESPANHOL
Resumo
Entende-se que a fronteira territorial "é a cristalização no território de um limite legal, físico e simbólico, de ação de um projeto social hegemonizado pelo Estado-Nação” (Cataia, 2011, p. 19). No entanto, a fronteira também pode ser concebida como uma zona de entremeio, de confluências e de conflitos, em que convergem as características de uma sociedade fronteiriça. Nessa fronteira social, há um deslocamento de mercadorias, sujeitos e línguas, sendo o comércio um dos fatores que propicia esse intenso “ir” e “vir”. Essa realidade despertou-nos o interesse em investigar se existiam materialidades escritas em espanhol no comércio de Uruguaiana, cidade da fronteira oeste do RS e ponto comercial estratégico entre o Brasil e os países da Bacia do Prata. Essa procura por materialidades escritas fez com que encontrássemos um número expressivo de nomes de estabelecimentos comercias em língua espanhola no comércio local. Assim, através de uma análise semântico-enunciativa, que se filia a perspectiva teórica da Semântica do Acontecimento, objetiva-se analisar o funcionamento da língua espanhola em dez designações de estabelecimentos comerciais. Através da análise, constatou-se que ao designar os estabelecimentos em espanhol os sujeitos fronteiriços identificam-se com esta língua, como sendo sua e do lugar político de seus destinatários enquanto consumidores.
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