O Discurso Kinikinau: Cultura, Identidade E Educação

Autores

  • Maira Morais Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.47456/pl.v10i25.30299

Resumo

 Buscamos localizar, via materialidade linguística e com base em regularidades enunciativas, as diferentes formações discursivas, os interdiscursos e os efeitos de sentido possíveis que perpassam a memória discursiva do povo Kinikinau. A pesquisa ancorou-se nos pressupostos da Análise de Discurso para a discussão dos conceitos de sujeito, formação ideológica e discursiva, interdiscurso e memória discursiva, sobretudo nos estudos de Foucault (2008), Coracini (2007); nos estudos culturalistas, na Linguística Aplicada e no método arqueogenealógico de Foucault. O corpus são recortes extraídos de um Trabalho de Conclusão de Curso de um professor indígena Kinikinau e cinco textos produzidos por alunos do ensino fundamental 2 da escola da Aldeia São João. Os resultados apontaram que, em decorrência das inúmeras transformações nas estruturas econômicas e políticas, os povos indígenas tem sua cultura, língua e identidade afetadas pelos modos de vida do branco e, portanto, (re) significam suas práticas, crenças e necessidades na contemporaneidade, situando-se no entre lugar conflituoso que, de um lado,  o mantém em uma relação de dependência e integração com a natureza, com os valores culturais, linguísticos e identitários de seu grupo e, do outro, o coloca frente a frente com os valores da sociedade hegemônica que deseja para si.

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Publicado

31-10-2020

Como Citar

MORAIS, Maira. O Discurso Kinikinau: Cultura, Identidade E Educação. PERcursos Linguísticos, [S. l.], v. 10, n. 25, p. 404–421, 2020. DOI: 10.47456/pl.v10i25.30299. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/30299. Acesso em: 19 abr. 2024.