A Ausência Como Presença:Uma Discussão Sobre O Dispositivo Pronominal Trinitário: A discussion on the trinitarian pronominal device

André Rodrigues da Silva

doi:10.47456/pl.v12i31.38647

Autores

André Rodrigues da Silva Universidade Federal de Pelotas https://orcid.org/0000-0002-3554-9605

DOI:

https://doi.org/10.47456/pl.v12i31.38647

Palavras-chave:

O Estrangeiro , Dispositivo pronominal, Dufour

Resumo

Neste artigo, me proponho a discutir e refletir sobre o dispositivo trinitário pronominal de Dany-Robert Dufour, a fim de pensar o seu uso na análise do texto literário. Com isso, utilizaram-se excertos da obra O Estrangeiro (1942), de Albert Camus, a fim de pensar na reversibilidade pronominal, o eu e o tu, diante da oposição que se instaura ao ele, no texto literário. Dividida em duas partes, O Estrangeiro traz Meursault, que sofre uma reviravolta em sua vida após cometer um assassinato no final da primeira parte do livro. A partir disso, na segunda parte, Meursault se vê cada vez mais distante do seu lugar no discurso, fora da reversibilidade entre eu-tu, na medida em que ele é relegado ao papel de não-pessoa, o ele. Pretendo, portanto, mostrar como a ausência re-presentada nesse campo discursivo da reversibilidade, pode ser caracterizada como uma presença desse ausente, o ele, a partir de Dufour (2000), na instância discursiva e intersubjetivante entre os falantes eu-tu, assim como trazer um ponto de vista particular para a análise da obra, mostrando o personagem-narrador em meio à alternância pronominal instaurada na obra de Camus.

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Biografia do Autor

André Rodrigues da Silva, Universidade Federal de Pelotas

Doutorando no programa de Pós-Graduação em Letras pela Universidade Federal de Pelotas. Mestre em Educação, na linha de Filosofia e História da Educação, pela Universidade Federal de Pelotas. Graduado em Filosofia (Bacharelado e Licenciatura), pela Universidade Católica de Pelotas (2015). Graduando no curso de Letras - Redação e Revisão de Textos pela Universidade Federal de Pelotas. Fui bolsista de Iniciação Científica no projeto de pesquisa chamado " O Ensino Secundário no Rio Grande do Sul: desdobramentos da Educação Pública e Privada (1930-1960) ". Sou membro do Centro de Estudos e Investigações em História da Educação (CEIHE). Fui Presidente do Conselho Municipal de Cultura (2017/2019) na cidade de Pelotas, Rio Grande do Sul. Tenho experiência na área do existencialismo com ênfase na angústia, na revolta e no absurdo sob o aporte dos estudos em Albert Camus. Na área da História da Educação, estudo sobre almanaques do Rio Grande do Sul, assim como o seu processo editorial no estado. No campo da Letras estudo os conceitos de subjetividade na literatura e na linguística.

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