Reescrita E Línguas Indígenas:
Rumo A Uma Redefinição Dos Processos Tradutórios
DOI:
https://doi.org/10.47456/pl.v13i33.41739Palavras-chave:
Tradução. Reescritas. Narrativas Indígenas.Resumo
Este trabalho busca discutir e problematizar como a tradução foi empregada de forma a esconder, marginalizar, subalternizar e domesticar as línguas, as histórias, as narrativas e as epistemologias indígenas, influenciando os modos com os quais concebemos o narrar da história. Intenta-se, com isso, refletir sobre a possibilidade de se reposicionar a tradução, a fim de enxergar no ato tradutório uma transformação regulada e sobredeterminada por diversos fatores, a qual expõe as diferenças e implica necessariamente lidar com relações assimétricas de poder. A partir do conceito de reescrita (LEFEVERE, 1992), os processos tradutórios são debatidos pela apresentação de produções indígenas contemporâneas, enquanto formas de se recontar e recuperar narrativas que foram silenciadas ao longo do tempo. Como resultado, o conjunto de obras apresentadas indica a abertura de brechas que desafiam as narrativas hegemônicas e permitem o surgimento de novas formas de se conceber a história, ao se reposicionar a tradução.
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