“O perigo da história única”: tradução como um meio de transformação social
Abstract
Quando um jovem leitor negro acredita que todos os personagens literários são brancos de olhos azuis, nos deparamos com uma das manifestações da hegemonia de certos países ou línguas, materializadas em suas produções literárias. Tomando a ideologia da “história única” de Adichie (2009) como ponto de partida, este artigo objetiva sublinhar o papel da tradução literária enquanto prática social, que pode desempenhar um papel crucial na atual economia política de luta contra essa desigualdade, sobretudo em sua relação com culturas minoritárias. Nesse sentido, os conceitos de tradução domesticadora e estrangeirizadora propostos por Venuti (1995) como alternativa à problemática da invisibilidade do tradutor e à hegemonia cultural anglo-americana vêm ao encontro do receio de se ter uma “homogeneização cultural” (HALL, 1997) ou uma “história única” nos livros. A partir da adoção de determinados métodos, a tradução se coloca como forma de resistência, advogando numa perspectiva da ética da diferença, incentivando o florescimento de histórias até então pouco conhecidas.Downloads
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