O Sexismo Na Língua Sob A Perspectiva Do Manual Prático De Linguagem Inclusiva, De André Fischer

Authors

  • Francisca Bernardy Universidade Federal de Santa Maria
  • Larissa Montagner Cervo

DOI:

https://doi.org/10.47456/pl.v12i31.38641

Keywords:

Língua, Sexismo linguístico, Linguagem inclusiva

Abstract

A presente pesquisa vincula-se à experiência proporcionada no grupo de pesquisa “...”, que integra o ..., da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), e, também, ao projeto de pesquisa “...”, coordenado pela Profa. Dra. .... O estudo em questão tem como objetivo compreender como o Manual Prático de Linguagem Inclusiva, de André Fischer, trabalha a questão do sexismo linguístico, tendo em vista um uso menos discriminatório da língua. No que se refere à língua portuguesa, isso se dá pelo uso do gênero gramatical masculino como fator predominante em relação ao gênero feminino, à medida em que também funciona como gênero neutro. Para a realização da análise, foram selecionadas como corpus duas sugestões para um uso não sexista da língua, as quais foram postas em relação com os sentidos de dicionário, a fim de compreender o que se propõe como linguagem não sexista e inclusiva, por meio das noções de paráfrase ou metáfora. Essa análise se dará com base em leituras fundamentadas pelo aporte teórico-metodológico da Análise de Discurso.

Downloads

Download data is not yet available.

References

BECHARA, E. Moderna gramática portuguesa. 39. ed. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 2019.

BRASIL. Lei nº 2.749, de 2 de abril de 1956. Dá norma ao gênero dos nomes designativos das funções públicas. Brasília: Congresso Nacional, 1956. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1950-1969/L2749.htm>. Acesso em: 15 jul. 2020.

BRASIL. Projeto de Lei nº 306, de 2005. Determina o uso da linguagem inclusiva para cargos na Administração Pública brasileira. Brasília: Congresso Nacional, 2005. Disponível em: <https://legis.senado.leg.br/sdleggetter/documento?dm=3670080&ts=1559266143232&disposition=inline>. Acesso em: 15 jul. 2020.

BRASIL. Lei nº 12.605, de 3 de abril de 2012. Determina o emprego obrigatório da flexão de gênero para nomear profissão ou grau em diplomas. Brasília: Congresso Nacional, 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12605.htm>. Acesso em: 15 jul. 2020.

DICIO, Dicionário Online de Língua Portuguesa. Interessados. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/interessados/>. Acesso em: 31 jan. 2022.

FISCHER, A. Manual Prático de Linguagem Inclusiva. São Paulo: 2020. Disponível em: < https://irp-cdn.multiscreensite.com/87bdaac3/files/uploaded/mpli1_2.pdf>. Acesso em: 04 jan. 2022.

GANDRA, A. Academia Brasileira de Letras lança nova edição online do Volp. Agência Brasil, Rio de Janeiro, 2021. Disponível: <https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-07/academia-brasileira-de-letras-lanca-nova-edicao-online-do-volp>. Acesso em: 12 jan. 2022.

GARCIA, D. A. Sexismo linguístico e o processo de manualização: a presença do feminino e da mulher na língua. Fragmentum, Santa Maria, n. Especial, p. 141-159, jul.-dez. 2018. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/fragmentum/article/view/36587/19839>. Acesso em: 10 jan. 2022.

GARCIA, D. A.; SOUSA, L. M. A. e. A manualização do saber linguístico e a constituição de uma linguagem não sexista. Línguas & Letras, Cascavel, v. 17, n. 35, 2016. Disponível em: <https://e-revista.unioeste.br/index.php/linguaseletras/article/view/11505>. Acesso em: 11 jan. 2022.

GUERRA, C. D.; CERVO, L. M.. Política de língua(s) e o Projeto de Lei n. 1676: quais imaginários estão sendo mobilizados?. Linguagens & Cidadania, Santa Maria, v. 20, jan/dez, 2018.

HOUAISS, A. Dicionário Houassis Conciso. Instituto Antonio Houassis, organizador. São Paulo: Moderna, 2011.

LOUREIRO, M. O género no discurso de opinião na Imprensa Portuguesa. Covilhã: Livros Labcom, 2014. Disponível em: <http://www.labcom.ubi.pt/ficheiros/20140710-201401_mloureiro_generodiscursoopiniao.pdf>. Acesso em: 11 jan. 2022.

ORLANDI, E. Ética e Política Linguística. In.: ORLANDI, E. P. Línguas e Instrumentos Linguísticos. Campinas: Pontes, 1998. p. 7-16.

ORLANDI, E. Interpretação: autoria, leitura e efeitos do trabalho simbólico. Campinas: Pontes, 2007.

ORLANDI, E. P. Língua imaginária e Língua fluída. In.: ORLANDI, E. P. Língua Brasileira e outras histórias. Campinas. Editora RG. 2009. p. 11-19.

ORLANDI, E. P. Introdução às ciências da linguagem: Discurso e Textualidade. 2. ed. Campinas: Pontes, 2010.

ORLANDI, E. Análise de discurso: princípios e procedimentos. Campinas: Pontes, 2020.

PÊCHEUX, M. Ler o Arquivo Hoje. In: ORLANDI, E. P. et.al. (org.). Gestos de leitura: da história no discurso. 2. ed. Campinas: Ed. da Unicamp, [1994] 1997.

PERNAMBUCO. Projeto de Lei Ordinária nº 1740, de 02 de fevereiro de 2021. Estabelece medidas de proteção ao direito dos estudantes pernambucanos ao aprendizado da língua portuguesa de acordo com a norma culta e orientações legais de ensino, na forma que menciona. Pernambuco: Assembleia Legislativa. Disponível em: <https://www.alepe.pe.gov.br/proposicao-texto-completo/?docid=6780&tipoprop=p>. Acesso em: 10 jan. 2022.

PETRI, V. Gramatização das línguas e instrumentos linguísticos: a especificidade do dicionário regionalista. Língua e instrumentos linguísticos, Campinas: RG Editora, n. 29, p. 23-37, jan./jun. 2012.

PETRI, V. O Funcionamento do Movimento Pendular Próprio às Análises Discursivas na Construção do “Dispositivo Experimental” da Análise do Discurso. In: PETRI, V.; DIAS, C. (orgs.). Análise do discurso em perspectiva: teoria, método e análise. Santa Maria: Editora da UFSM, 2013.

PETRI, V. “Manifestação” na Língua e no Dicionário: Movimentos de Sentido. Efeitos da língua em discurso. São Carlos. Pedro & João Editores, p. 227-241, 2019.

PETRI, V.; CERVO, L. M. Língua portuguesa ou gramática? Uma proposta de desconstrução do “Ou isto ou aquilo”. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 19, n. 1, p. 35-48, jan./abr. 2019.

RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº 49.994, de 27 de dezembro de 2012. Estabelece a utilização da linguagem inclusiva de gênero nos atos normativos, nos documentos e nas solenidades do Poder Executivo Estadual. Porto Alegre: Assembleia Legislativa, 2012. Disponível em: <http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=58884&hTexto=&Hid_IDNorma=58884>. Acesso em: 15 jul. 2020.

RIO GRANDE DO SUL. Decreto nº 49.995, de 27 de dezembro de 2012. Institui Grupo de Trabalho com a finalidade de discutir e propor medidas para a utilização da linguagem inclusiva de gênero nos atos normativos, nos documentos e nas solenidades do Poder Executivo Estadual. Disponível em: < http://www.al.rs.gov.br/legis/M010/M0100099.ASP?Hid_Tipo=TEXTO&Hid_TodasNormas=58886&hTexto=&Hid_IDNorma=58886>. Acesso em: 15 jul. 2020.

RIO GRANDE DO SUL. Lei nº 14.484, de 30 de janeiro de 2014. Dispõe sobre a utilização da linguagem inclusiva de gênero no âmbito da Administração Pública Estadual. Porto Alegre: Assembleia Legislativa, 2014. Disponível em: <http://www.al.rs.gov.br/filerepository/repLegis/arquivos/LEI%2014.484.pdf>. Acesso em: 15 jul. 2020.

Published

03-10-2022

How to Cite

BERNARDY, Francisca; MONTAGNER CERVO, Larissa. O Sexismo Na Língua Sob A Perspectiva Do Manual Prático De Linguagem Inclusiva, De André Fischer. PERcursos Linguísticos, [S. l.], v. 12, n. 31, p. 333–351, 2022. DOI: 10.47456/pl.v12i31.38641. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/38641. Acesso em: 17 jul. 2024.