O RURAL E O URBANO NO ESPÍRITO SANTO: REFLEXÕES SOBRE EFEITOS SOCIAIS NA CONCORDÂNCIA NOMINAL VARIÁVEL

Autores/as

  • Lays De Oliveira Joel Lopes Universidade Federal do Espírito Santo
  • MARIA MARTA PEREIRA SCHERRE Universidade Federal do Espírito Santo

Resumen

Este texto apresenta um estudo comparativo entre os resultados de Lopes (2014) e Silva (2011) para a análise da concordância nominal de número. Lopes (2014) analisa a fala da zona rural de Santa Leopoldina/ES e Silva (2011), a fala em Vitória/ES. Nosso objetivo é apresentar similaridades e discrepâncias entre as análises dos dados dessas comunidades, no que tange ao efeito das variáveis sociais: sexo, faixa etária e anos de escolarização. Diferentemente de Vitória, as mulheres de Santa Leopoldina favorecem mais concordância e se alinham a resultados obtidos para falantes urbanos do Rio de Janeiro, de acordo com os dados de Scherre e Naro (2006). Com relação à faixa etária, Vitória e Santa Leopoldina indicam aquisição da concordância, com os mais novos apresentando mais concordância do que os mais velhos. Considerando que o fenômeno analisado é estigmatizado, leopoldinenses e capixabas[1] indicam mais concordância em função do aumento dos anos de escolarização. Análises cruzadas entre faixa etária e sexo e, também, entre faixa etária e anos de escolarização na amostra leopoldinense revelam que as mulheres e os falantes mais escolarizados estão à frente no processo aquisitivo. Concluímos, assim, que cruzamentos de variáveis podem revelar resultados ainda mais instigantes.


[1]Esclarecemos que, orientados pela nomeação gentílica do Instituto Brasileira de Geografia e Estatística (IBGE), utilizaremos os termos “leopoldinense” e “capixaba” para caracterizar os falantes de Santa Leopoldina e da capital Vitória, respectivamente.

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Publicado

17-12-2017

Cómo citar

LOPES, Lays De Oliveira Joel; SCHERRE, MARIA MARTA PEREIRA. O RURAL E O URBANO NO ESPÍRITO SANTO: REFLEXÕES SOBRE EFEITOS SOCIAIS NA CONCORDÂNCIA NOMINAL VARIÁVEL. PERcursos Linguísticos, [S. l.], v. 7, n. 16, p. 28–47, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/percursos/article/view/15603. Acesso em: 22 nov. 2024.