Caracterização epidemiológica da sífilis em gestantes e recém-nascidos em um hospital universitário

Autores

  • Brunna Lauret Universidade Federal do Espírito Santo
  • Arlete Estephanio dos Santos
  • Otávio Caliari Lima Universidade Federal do Espírito Santo
  • Karllian Kerlen Simonelli Soares
  • Romildo Luiz Monteiro Andrade Universidade Federal do Espírito Santo
  • Thiago Nascimento do Prado Universidade Federal do Espírito Santo
  • Márcia Valéria de Souza Almeida Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.47456/rbps.v22i3.28083

Palavras-chave:

Sífilis congênita, Gestantes, Cuidado pré-natal

Resumo

Introdução: A sífilis gestacional e a congênita, apesar de apresentarem diagnóstico e tratamento de fácil manejo, ainda permanecem com elevadas incidências no Brasil. Objetivo: Caracterizar a situação epidemiológica dos casos de sífilis em gestantes (SG) e sífilis congênita (SC) notificados em um Hospital Universitário. Métodos: Estudo de série de casos, com utilização de dados secundários disponibilizados pelo SINAN, cuja população do estudo incluiu os casos de SG e SC no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (HUCAM), em Vitória-ES, no período de 2015 a 2017. Resultados: No período estudado, foram notificados 49 casos de SG e 56 casos de SC. Observou-se que, das mães cujos filhos tiveram desfecho de SC, 44,6% obtiveram tratamento considerado inadequado durante o pré-natal, e 60% dos parceiros não receberam o tratamento. Dentre os conceptos, 01 foi natimorto, 01 evoluiu para óbito associado à sífilis e 01 óbito por outras causas. Conclusão: As características epidemiológicas analisadas apontaram uma predominância de mulheres jovens, pardas e com baixa escolaridade, além de um considerável número de mães e parceiros que não realizaram tratamento adequadamente, fatores que podem ter contribuído para o desfecho em sífilis congênita nos recém-nascidos e evidencia dificuldades no alcance da meta de eliminação da SC estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (0,5 ou menos casos / 1.000 nascidos vivos). Os dados apresentados apontam a necessidade de incluir manejos clínicos diferenciados para essa população.

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Publicado

27-04-2021

Como Citar

Lauret da Silva, B. ., Estephanio dos Santos, A., Caliari Lima, O. ., Kerlen Simonelli Soares, K., Luiz Monteiro Andrade, R., do Prado, T. N., & Valéria de Souza Almeida, M. (2021). Caracterização epidemiológica da sífilis em gestantes e recém-nascidos em um hospital universitário. Revista Brasileira De Pesquisa Em Saúde Brazilian Journal of Health Research, 22(3), 131–139. https://doi.org/10.47456/rbps.v22i3.28083

Edição

Seção

Relato de Caso